Ainda só cerca de 6% dos mais de 16 mil milhões de euros contratados no âmbito do PRR é que já foram pagos.
Dos mais de 16 mil milhões de euros contratados no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), até novembro foram pagos pouco mais de mil milhões de euros, avança o Correio da Manhã está segunda-feira.
Só cerca de 6% das verbas chegaram efetivamente a entidades estatais, empresas públicas e privadas ou famílias.
Os serviços públicos foram os maiores beneficiários da chamada “bazuca” europeia, tendo recebido mais de 80% da fatia já paga. As famílias, instituições da economia social e empresas, por sua vez, receberam um montante na ordem dos 179 milhões de euros, ou 18% do total já pago.
No passado mês de outubro, a Comissão Nacional de Acompanhamento (CNA) do PRR alertou para a existência de “riscos” devido a atrasos no apoio do Estado à capitalização de empresas e alertou para atrasos nas metas contratualizadas.
Na altura, o presidente da CNA do PRR, Pedro Dominguinhos, defendeu que “é fundamental uma aceleração” da execução do PRR e alertou para “algum atraso” na execução das metas contratualizadas e dos impactos desejados.
“Começam a existir algumas zonas de risco onde, sobretudo em dezembro de 2022, podem existir algumas metas que terão dificuldade de execução”, disse, adiantando ainda que “há um risco elevado” com a capitalização empresarial, designadamente através das medidas que são geridas pelo Banco do Fomento”, afirmou, reforçando que ser “muito crítico por não estar a chegar o dinheiro”.
A oposição já confrontou o Governo com o atraso da “bazuca” europeia, mas o Executivo garante que “não é verdade” que exista qualquer atraso na execução do PRR.
“Não é verdade que exista qualquer atraso no PRR. Mede-se pelo cumprimento de metas e de marcos, já foi feito um um primeiro pedido desembolso, foi aprovado pela Comissão Europeia e o desembolso foi feito”, explicou o secretário de estado dos assuntos europeus, Tiago Antunes.
O Presidente da República avisou este sábado a ministra da Coesão Territorial que estará “muito atento” e não a perdoará caso descubra que a taxa de execução dos fundos europeus não é aquela que acha que deve ser.
“Este é um dia super feliz, mas há dias super infelizes. E verdadeiramente super infeliz para si será o dia em que eu descubra que a taxa de execução dos fundos europeus não é aquela que eu acho que deve ser. Nesse caso não lhe perdoo. Espero que esse dia não chegue, mas estarei atento para o caso de chegar”, referiu.
Aos jornalistas, o chefe de Estado esclareceu as suas palavras: “Estava a pensar no Plano de Recuperação e Resiliência, porque o resto sei que vai avançando. Mas o PRR é muito dinheiro que podemos utilizar, e chegar ao seu destino está a demorar”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
Ao lado, a ministra da Coesão Territorial, que não quis falar aos jornalistas, acenou com a cabeça e referiu: “Está tudo controlado”.
Mais dinheiro para aumentar a capacidade inflação!! Mais vale acabar já com a bazuca antes que se faça mais estragos!
O Costa deve estar a ver para que lado apontar, para além da sua conta pessoal, a fim de beneficiar os compadres e correligionários, tal como fez o seu amigo Sócrates. Há muito que se antevia um desfecho do género.
como de costume.
Promete-se mundos e fundos e depois na hora de pagar a coisa dura e dura…
As empresas esperam meses ou até anos pelo dinheiro e depois a unica solução é endividar-se ainda mais para dar cumprimento aos projetos…
Isto está tudo entupido e vai ficar ainda mais. Até porque o lodo nos programas de apoio é tão grande que entrando lá o OLAF e a PJ nunca mais de lá saem. Muitos dirigentes e técnicos terão muita dificuldade em permanecerem livres. Os casos de manipulação de pontuação nas candidaturas são tão evidentes, que muita gente terá muito para explicar. Já para não falar em “prendinhas” por altura do Natal.
Dentro de alguns meses a união europeia (ue) vai implodir, sendo necessário que Portugal arranje uma forma de receber o quanto antes o máximo de dinheiro possível, caso contrário irá passar por uma situação económica muito difícil.