O Ministério Público (MP) está, esta quinta-feira, a fazer novas buscas à residência do ex-governante Manuel Pinho. O antigo ministro da Economia está em prisão domiciliária numa quinta em Gondizalves, em Braga, com uma área de cerca de um hectare e meio.
A informação foi avançada pela SIC Notícias. Manuel Pinho está obrigado a circular apenas no perímetro habitacional e tinha pedido alargamento do mesmo, algo que lhe foi negado no início de outubro.
Ao que o órgão de comunicação apurou, as autoridades recolheram vários bens, entre eles móveis, pinturas, fotografias, obras de arte e uma máquina de ‘flippers’. Uma parte deve seguir para a GNR e a outra para o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Os magistrados do MP voltaram a propor o arresto de pensão de 26.500 euros.
O ex-ministro foi constituído arguido no âmbito do caso EDP em 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo. No processo EDP/CMEC, o MP imputa aos antigos administradores António Mexia e Manso Neto quatro crimes de corrupção ativa e um crime de participação económica em negócio.
O caso está relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), no qual Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção do contrato das rendas excessivas, no qual, segundo o MP, terão corrompido o ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade.
O processo tem ainda como arguidos o administrador da REN e antigo consultor de Manuel Pinho, João Conceição, o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade, Pedro Furtado, responsável de regulação na empresa gestora das redes energéticas e o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado.
Tantas buscas e rebuscas e não há modo de perguntarem a quem sabe, nomeadamente de factos e de resultados que, devidamente relacionados e investigados, são fundamentais para se ligarem as peças dos puzzles e finalmente produzirem-se as provas que fariam a diferença.
Tanto teatro, porra!!!