Russos afirmam que as tropas ucranianas bombarderam a ponte de Antonovsky com 12 mísseis dos quais 11 foram intercetados. A agência de notícias russa diz que o ataque provocou ainda dez feridos.
A administração pró-russa de Kherson acusou as tropas ucranianas de matar quatro pessoas e ferir dez num bombardeamento da ponte Antonovsky, neste território do leste da Ucrânia anexado pela Rússia.
“Como resultado do bombardeamento por terroristas do exército de [o Presidente ucraniano Volodymyr] Zelensky em Kherson, três pessoas morreram, entre elas crianças, e dez civis ficaram feridos”, avançou inicialmente o governador de Kherson, Vladimir Rogov, na plataforma Telegram.
Poucas horas depois, o vice-governador de Kherson, Kiril Stremusov, disse que o número total de mortos tinha subido para quatro, mas negou que qualquer criança tivesse morrido no ataque. Também no Telegram, Stremusov acrescentou que nenhum dos feridos corre perigo de vida.
A agência de notícias russa TASS indicou que a Ucrânia lançou 12 mísseis, dos quais 11 teriam sido derrubados pela defesa aérea russa. O ataque também teria afetado 12 veículos nas proximidades da ponte.
A ponte Antonovsky é uma das principais rotas de abastecimento para as forças russas no sul da Ucrânia, razão pela qual as forças armadas ucranianas teriam interesse em atacar a infraestrutura, como fizeram com a ponte Kerch, na Crimeia.
Não é a primeira vez que o exército ucraniano ataca a ponte: em 19 de julho, as tropas russas anunciaram que a estrutura tinha sido seriamente danificada na sequência de um ataque da Ucrânia.
Cerca de 15 mil pessoas foram já retiradas da região ucraniana de Kherson, na margem esquerda do rio Dnieper, indicou, na quinta-feira, Stremusov.
A 13 de outubro, o governador interino da região de Kherson nomeado por Moscovo, Vladimir Rogov, pediu à população civil dessa parte do território, na margem direita do Dnieper, para se dirigir para a outra margem, perante o avanço das tropas ucranianas.
No total, as autoridades pró-russas pretendem retirar entre 50 mil e 60 mil habitantes num prazo de seis dias. Além disso, já instalaram as estruturas do poder da administração civil e militar fora da capital regional, também do outro lado do rio.
// Lusa