O Ministério Público (MP) abriu um inquérito para investigar o caso do bebé que morreu após ter sido atacado por um cão da família dentro da casa do agregado, em Alenquer, no distrito de Lisboa.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirma “a instauração de inquérito, tendo o MP determinado a realização de autópsia médico-legal“, conforme nota enviada à Agência Lusa.
A PGR não esclarece se já foi constituído algum arguido.
O bebé que morreu na terça-feira foi atacado por “um cão”, “no interior da habitação da família”, nos Casais Novos, na União de Freguesias de Alenquer, como nota fonte da GNR à Lusa.
As autoridades vão investigar, nomeadamente, as circunstâncias que permitiram ao animal aproximar-se e ferir o bebé. Em causa pode estar uma eventual negligência por parte dos pais.
“Cão estaria à procura de brincadeira”
Os progenitores da criança terão alegado que o cão, um pastor-belga-malinois que não é considerado de raça perigosa, “estaria à procura de brincadeira quando mordeu o menino”, como avança o Correio da Manhã (CM).
O incidente terá ocorrido por volta das três da tarde quando a mãe, que terá entre 45 e 50 anos, “estaria sentada com o bebé” num sofá, frisa ainda o CM.
“O cão entrou na vivenda e saltou para o sofá, arranhando a cabeça do bebé com as patas e mordendo-o. A própria dona foi mordida nas mãos ao tentar afastá-lo”, relata o jornal.
Após o ataque e o pedido de socorro às autoridades, às 15:42 de terça-feira, os pais da criança “procuraram ir ao encontro dos meios de socorro no exterior”, tendo o bebé sido assistido já no parque de estacionamento de um supermercado, no Carregado, onde foi confirmado o óbito pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), refere ainda fonte da GNR à Lusa.
Os pais ficaram em estado de choque e estão a receber apoio psicológico do INEM.
O presidente da Câmara de Alenquer, Pedro Folgado, diz que a família não estava sinalizada pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, nem era acompanhada pelos serviços municipais de Acção Social.
Também a GNR informou que não existe registo de qualquer denúncia relacionada com a família no Tribunal de Alenquer, não sendo conhecida qualquer prática de negligência ou maus-tratos sobre menores.
O cão que protagonizou o ataque foi levado para o canil de Vila Franca de Xira e Alenquer, juntamente com outro animal que pertence à mesma família, segundo apurou o CM. Têm ambos chip e vacinas em dia, de acordo com a mesma fonte.
O pastor-belga pode acabar por ser abatido.
ZAP // Lusa