Água não faturada gera perda anual de 264 milhões de euros

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Pedro França / Agência Senado

As perdas geradas pela água por faturar atingiram em 2020 os 264 milhões de euros, ficando por cobrar 236 milhões de metros cúbicos, o que representa 28,7% do total da água que entrou no sistema.

Segundo avançou esta quinta-feira o Jornal de Notícias, os valores correspondem a uma estimativa calculada pela Agência portuguesa do Ambiente (APA), sendo as regiões hidrográficas mais afetadas por esta situação o Minho, Lima e Douro (38%) e o Guadiana (37%).

Contudo, relativamente ao valor monetário, o relatório – apresentado na última reunião do Comissão Permanente da Seca – mostrou que 36% reportam à RH do Tejo e Ribeiras do Oeste, com o Minho e o Lima a assumirem 2,5%.

Da água perdida, de acordo com o relatório anual da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR), 73,4% têm origem em perdas reiais, ou seja, a água que se esvaiu nos mais de cem mil quilómetros de condutas. Seguem-se 15,5% em perdas aparentes – erros de medição ou uso não autorizado – e 11,99% por consumo autorizado não faturado – rega de jardins municipais, por exemplo.

Para tentar contornar esta situação, o Governo já recomendou a instalação de contadores pelas entidades gestoras. O desperdício de 236 milhões de metros cúbicos de água seria suficiente para encher 11 piscinas olímpicas por hora durante um ano, notou o jornal.

Em Portugal, consomem-se anualmente seis mil hectómetros cúbicos de água, o equivalente a dois Alquevas. Desse total, o setor agrícola sorve 74%, o urbano 14%, o industrial 11% e o turismo 1%. Na sua apresentação, a APA estimou entre 35% e 45% de perdas na agricultura.

ZAP //

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