EUA ajudam militares ucranianos e cidadãos russos

Divulgados primeiros resultados referendos em quatro regiões ocupadas pela Rússia: quase todos terão escolhido adesão à Rússia.

No dia em que a votação termina, foram divulgados os primeiros resultados dos referendos em territórios ucranianos anexados pela Rússia – Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia.

De acordo com a agência Ria Novosti, mais de 97% dos votantes escolheram fazer parte da Rússia – ainda faltavam apurar mais de 75% dos votos.

A maior percentagem verificou-se na República Popular de Donetsk, com 98,27% dos votos a favor da adesão à Rússia. Em todas as regiões a percentagem do “sim” à Rússia ultrapassa 97%.

Os processos dos referendos estão a ser colocados em causa, não só pela maioria dos países, mas pelos próprios ucranianos.

Estes territórios, ao que tudo indica, vão mesmo deixar de ter controlo ucraniano – mas a Ucrânia terá ajuda na tentativa de recuperar as quatro regiões.

Anthony Blinken, secretário de Estado, reforçou a ideia de que os Estados Unidos da América e os seus países aliados “nunca vão reconhecer” a anexação do território ucraniano pela Rússia.

Blinken revelou que os EUA vão fornecer armas à Ucrânia, para a recuperação do território conquistado pelas forças russas.

O mesmo país, EUA, vai ajudar também…os russos. Não o exército russo, mas sim os cidadãos da Rússia que estejam a fugir da guerra e que procurem asilo no país norte-americano.

Garantida de Karine Jean-Pierre, porta-voz do Governo americano: “Acreditamos que, independentemente da sua nacionalidade, poderão candidatar-se a asilo nos EUA”.

Entretanto, os números mais recentes da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira revelam que cerca de 66 mil russos mudaram-se para países da União Europeia em apenas uma semana.

Esta mobilização em massa é consequência do anúncio da Vladimir Putin, na quarta-feira passada. O presidente russo informou que vai haver uma mobilização militar parcial para a guerra na Ucrânia.

Há filas para deixar o país e os responsáveis do Kremlin estarão a planear fechar as fronteiras a pessoas que possam combater na Ucrânia.

Por outro lado, o ministério da Defesa da Rússia assegurou que não enviou qualquer pedido às autoridades do Cazaquistão, Geórgia, ou de qualquer outro país, para o alegado regresso forçado de cidadãos russos a solo russo e não tenciona fazê-lo.

ZAP //

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