Giorgia Meloni discursou esta madrugada após a divulgação das primeiras projeções que dão a vitória ao seu partido, declarando que embora os resultados não sejam definitivos, os italianos querem um “governo de centro-direita governado pelos Irmãos de Itália”.
De acordo com as sondagens à boca de urna, a coligação liderada por Meloni tinha cerca de 43% dos votos no momento em que esta reagia aos resultados. Itália prepara-se para ter o governo mais à direita desde a Segunda Guerra Mundial e o primeiro de sempre liderado por uma mulher.
Entretanto, segundo o Expresso, que avança resultados parciais, a coligação de direita formada pelos Irmãos da Itália (FdI), pela Liga e pela Força Itália (FI) venceu as eleições com 44,1% dos votos. O FdI foi o partido mais votado do país, com 26,2% dos votos, ficando Meloni encarregue de formar o Governo.
Referindo que a “campanha eleitoral não foi bonita”, mas sim “violenta, agressiva”, indicou que “chegou o tempo para que os italianos tenham novamente um governo que foi escolhido nas urnas”.
Meloni considerou, citada pelo Observador, que a União Europeia (UE) “enfrenta uma situação particularmente complexa”, assim como Itália, mas que tentará “contribuir para um clima sereno” e para o “confronto dentro do sistema democrático”.
“O Irmãos de Itália é agora o maior partido. Significa tanta coisa para nós. Tenho orgulho. E a partir desta noite, seremos um ponto de pertença. Devemos demonstrar o nosso valor. Temos a responsabilidade de fazer parte da História”, afirmou.
O principal objetivo do partido será fazer com que os cidadãos “acreditem novamente nas instituições”, comentou, acrescentando: “faremos e queremos que todos fiquem novamente orgulhosos de serem italianos”, assegurou aquela que deverá ser a próxima primeira-ministra italiana.
Meloni agradeceu aos companheiros de coligação, Silvio Berlusconi e Matteo Salvini, assim como à família e ao staff que a acompanhou. No final do discurso, citou São Francisco de Assis: “começa por fazer o que é necessário, depois o que é possível e de repente estarás a fazer o impossível”.
Tanto a Liga como o FI obterem resultados modestos, bastante abaixo do que esperavam, o que representa uma vantagem para Meloni, que poderá assim impor as suas posições em temas em que os parceiros de coligação discordam.
O Partido Democrático (PD), de Enrico Letta, surgiu como segundo partido mais votado, numa votação em que a taxa de abstenção situou-se nos 36,09%, segundo o Ministério do Interior do país, citado pelo Observador – foram as eleições menos concorridas desde 1946, com uma taxa de participação nos 63,91%.
Face a 2018, a taxa de abstenção subiu nove pontos percentuais (na altura, ficou-se pelos 27%). E a diferença ainda é mais considerável quando se compara com 2013 (25%), 2008 (19,5%) ou 2006 (16%). Em Itália, o sul é a região com uma maior taxa de abstenção.
Uma sondagem Opinio para a Rai, apontada pelo Público, mostra que a principal formação de centro-esquerda terá somando entre 19,4% dos votos, enquanto a lista Verdes Esquerda, a que se aliou, terá obtido 3,5%.
Já o Terceiro Pólo, lista que juntou o Itália Viva, do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, aos centristas do Acção, liderado por Carlo Calenda, pode ter 7,3%. O Movimento 5 Estrelas (M5S), de Giuseppe Conte, terá alcançado os 16,5% – há quatro anos foi o partido mais votado, com quase 33%.
Numa primeira reação, Conte apresentou-se como a “força de oposição” ao governo, afirmando que o partido vai defender todas as “batalhas” e “conquistas” e que apostará numa “agenda progressista, verdadeiramente democrática”, apostando num “país com inclusão social” e em que vingue a “justiça social”.
Direita radical europeia celebra resultados em Itália
Partidos de direita radical europeus celebraram os resultados das projeções que dão a vitória a Meloni. Foi o caso do Chega, que através de comunicado enviado às redações saudou a “direita italiana pelos resultados obtidos”, congratulando-se “especialmente com a votação obtida pelos seus congéneres europeus”.
De acordo com o partido, haverá agora uma “verdadeira mudança de políticas” e uma “reconfiguração política da Europa”. “Depois da Suécia, é agora a vez de a Itália dar mais um sinal claro de que o continente europeu está em profunda mudança”, disse, sublinhando que “os eleitores confiam cada vez mais nos partidos que defendem, sem reservas, a soberania dos povos, as suas tradições e valores civilizacionais”.
O Chega está ainda confiante de que os “ventos de mudança irão chegar a Portugal” e que “os portugueses terão direito a virar a página e a eleger quem seja capaz de defender os seus interesses”.
O líder do partido de extrema-direita espanhol VOX, Santiago Abascal, escreveu no Twitter que Meloni “mostrou o caminho para uma Europa orgulhosa, livre e de nações soberanas, capazes de cooperar pela segurança e prosperidade de todos”.
Esta noche millones de europeos tienen sus esperanzas puestas en Italia.@GiorgiaMeloni ha mostrado el camino para una Europa orgullosa, libre y de naciones soberanas, capaces de cooperar para la seguridad y la prosperidad de todos.
Avanti @fratelliditalia pic.twitter.com/3bnVFA2B74
— Santiago Abascal 🇪🇸 (@Santi_ABASCAL) September 25, 2022
No Twitter, a líder do partido francês de extrema-direita União Nacional, Marine Le Pen, congratulou Meloni e Salvini “por terem resistido às ameaças de uma União Europeia antidemocrática e arrogante” e sublinhou que o povo italiano “decidiu tomar o seu destino nas mãos, elegendo um governo patriótico e soberanista”.
Le peuple italien a décidé de reprendre son destin en main en élisant un gouvernement patriote et souverainiste.
Bravo à @GiorgiaMeloni et à @matteosalvinimi pour avoir résisté aux menaces d’une Union européenne anti-démocratique et arrogante en obtenant cette grande victoire !
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) September 26, 2022
Jordan Bardella, eurodeputado e um dos braços direitos de Le Pen, indicou que os “italianos deram uma lição de humildade à União Europeia”. Lembrando que Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, tentou “ditar o voto” dos italianos, frisou que “nenhuma ameaça pode parar a democracia”.
Les Italiens ont offert une leçon d’humilité à l’Union européenne qui, par la voix de Mme Von Der Leyen, prétendait leur dicter leur vote.
Aucune menace d’aucune sorte ne peut arrêter la démocratie : les peuples d’Europe relèvent la tête et reprennent leur destin en main ! 🇫🇷🇮🇹
— Jordan Bardella (@J_Bardella) September 25, 2022
O diretor político do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, e deputado pelo Fidesz, Balázs Orbán, referiu que “nestes tempos difíceis precisa-se mais do que nunca de amigos que partilhem uma visão comum e a mesma abordagem em resposta aos desafios da Europa”.
🇮🇹👏Congratulations @GiorgiaMeloni, @matteosalvinimi, @berlusconi on the elections today! In these difficult times, we need more than ever friends who share a common vision and approach to Europe’s challenges.
🇭🇺🤝🇮🇹Long live the Hungarian-Italian friendship! pic.twitter.com/4PN2ZDEJoZ
— Balázs Orbán (@BalazsOrban_HU) September 25, 2022
Também o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, congratulou Meloni.
Congratulations @GiorgiaMeloni! 👏
— Mateusz Morawiecki (@MorawieckiM) September 25, 2022
Em contrapartida, ressalvando que não estava a comentar as escolhas democráticas dos italianos, a primeira-ministra francesa Elisabeth Borne lembrou, em declarações à RMC Radio, de que há certos valores a defender no seio da UE, como o aborto e os direitos humanos.
Juros da dívida pública estão a subir
A rentabilidade da dívida soberana europeia subiu esta segunda-feira de forma geral, após as eleições de domingo em Itália. O título a dez anos do país subiu para 4,4% e o seu prémio de risco até 230 pontos base.
Segundo dados de mercado recolhidos pela agência Efe, às 08:15, o título alemão a dez anos, considerado o mais seguro da Europa, também subia 3%, para 2,087%. O espanhol está a negociar em alta, com 3,2%, em comparação com os 3,07% em que fechou na sexta-feira. O título de Portugal sobe até aos 3,11% e o da Grécia 4,57%.
Mais uma “geringonça” , no nosso Club Europeu ! ….. só que desta vez , os Italianos vão ter que viver , para não dizer (reviver) uma Ditadura disfarçada em Democracia , estou convicto que será esse o “programa” , que esta boa gente reserva aos seus Cidadãos !
Ditadura ??? A Srª ainda nem tomou posse e já fala em ditadura….. Meu deus tantos profetas e a Europa a porta de uma Guerra iniciada por um ditador assumido pertencente ao partido da foice que muita gente acarinha.
Fique sabendo que não cauciono qualquer Ditadura ou Autoritarismo que seja ! … quanto ao que esta “geringonça” vai tirar da cartola em breve se verá !
Ditadura vives tu aqui, em que o governo está montado para os estrangeiros e em detrimento do nativos do país, é comer e calar, se falar é logo declarado “racista”,”transfobico”,”homofobico” e etc e etc com censura especialmente nos meios de comunicação.
“atento” você não está de certeza, só deve consumir a propaganda de esquerda e extrema-esquerda que até está infiltrada na escola é forçada a toda a gente, e muitas vezes com manifestações violêntas na rua como as patrocinadas em especial nos bairros sociais e degradados como a invasão de lisboa e destruição nas rua porque “bairro da jamaica” que é patrocinado pelo bloco de esquerda.
Bloco de esquerda que promove a imigração ilegal enquanto eles estão escondidos nos portos seguros ricos com segurança privada, enquanto o povo tem de viver e conviver com as decisões esquerdinas.
É degradante ver estrangeiros ser dado medico de familia automaticamente, e subsidios sem nunca terem descontado, como por exemplo aqui um vizinho que conheço bem recebe a reforma portuguesa tudo bem, concordo trabalhou para isso, mas no entanto junta-se a uma mulher do pais dele que nem trabalha nem quer, ela tem 32 anos e já está a receber um subsidio, seja ele rsi ou ação social mas é provavél ser o segundo é mais facil esconder ao zé povinho. É como os velhos em idade de reforma que vêm para cá, o estado deixa e recebem logo uma prestação por cá estarem, até dá para rir, depois querem que o país cresça… Isto tudo para a esquerda ter votos, porque esquerdas=a favor de estrangeiros e direita=a favor do país. E quem vota nas esquerdas é quem não convive com as decisões deles.
Compreendo a sua “revolta” , mas mais uma vez fique sabendo que também não “convivo” de forma nenhuma com o favorecimento desmedido a Pessoas ou Grupos de Migrantes em detrimento dos Contribuintes Portugueses ! .. Assim como declarei que não cauciono qualquer tipo de Ditadura e de Autoritarismo que seja !
Bem gira… Começo a compreender os italianos. Eles, tal como nós, estão fartos de ser fod&€&# por velhos feios e gordos. Ao menos que seja por uma giraça
concordo plenamente consigo 😉
Olho para ela e lembra-me a Maria Karalhova russa que tanto me irrita quando a vejo na tv. Os italianos não tem noção do que andam a eleger.
Karalhova é bem kkkkkkk kkkkkkk kkkkkk
Espero que os Europeus e claro os Italianos saibam respeitar os resultados destas eleições !!!
Quando tudo já foi inventado regressa-se ao passado AC
Numa verdadeira DEMOCRACIA, há respeito pela vontade do Pôvo. Escolha à esquerda ou à direita, é a vontade popular.
Engraçado, a economia crsceu, só com o resultado das eleições italianas…
Isso e os juros… que subiram no próprio dia em que se conheceram os resultados das eleições…
E depois…”pôvo” é uma coisa linda. Olhe, fique-se pelo que domina…
Basta alguém espirrar mais alto para os juros subirem, tudo serve para amealhar mais uns milhões em tempo de crise.
Mais um economista. O país está cheio deles.
tem razão, em uma europa dominada pela ala esquerda, os juros para um pais de direita subiram!!!
Agora diga-me lá de um ponto de vista económico qual a justificação para a subida?
Eles ameaçaram sair da Europa? ou anunciaram um plano económico que faça subir o risco de divida? ou alguma medida de investimento desmedido que possa levar a um aumento de divida?
A vossa democracia é uma coisa linda … sempre e quando esteja alinhado com as vossas ideologias.
… e por certo, um dos partidos pode ser considerado extrema direita, mas a coligação faz um governo de centro-direita
Fazem muito bem os italianos, acordaram para a vida, está na altura de limpar a casa do lixo que a esquerda criou. E não, eles são de direita não são fascistas como o lixo da esquerda os classifica, são pro-nação e crescimento da nação não a favor de tornar o país um parque tematico para estrageiros comerem e destruirem.