Antigo primeiro-ministro acusa o PS de insistir no “neo-liberal” PSD, mais de uma década depois. Prefácio de livro assinado por Passos.
Pedro Passos Coelho foi o autor do prefácio de um livro sobre os tempos da troika.
Diplomacia em tempo de troika, obra escrita por Luís de Almeida Sampaio, serviu para o antigo primeiro-ministro abordar o estado actual do Partido Socialista (PS).
O semanário Expresso cita que Passos Coelho escreveu que os governos liderados por José Sócrates, entre 2005 e 2011, protagonizaram um “falhanço clamoroso”.
O ex-presidente do Partido Social Democrata (PSD) mencionou “muralhas da dívida” e “forte austeridade” das propostas inseridas nos Pactos de Estabilidade e Crescimento, que originaram “economia estagnada e incapaz de gerar riqueza”.
Passos Coelho lembra que, há mais de uma década, o PS acusava constantemente o PSD de ser neoliberal e de querer destruir o Estado social.
“Ao fim de todos estes anos, o registo mantém-se. Há, infelizmente, coisas nos responsáveis socialistas que não mudam em Portugal”, acrescenta.
Pedro Passos Coelho estaria a abordar as críticas ao governo de António Costa, acusado de estar a “disfarçar” medidas de austeridade no panorama actual de inflação alta e de perda de compra dos portugueses.
Passos Coelho abordou a demissão “irrevogável” de Paulo Portas, na altura ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, mas sem divulgar pormenores (para já) sobre o “dramatismo” dessa época.
“Isso necessitaria de outro espaço, com outro fôlego, que aqui não cabem”, completa.
Pena que PPC não forneça os pormenores do golpe tentado pelo sr. PP…