A Califórnia acaba de se tornar o quinto estado norte-americano a legalizar a compostagem de corpos humanos, uma alternativa ao processo de cremação, que emite uma tonelada métrica de carbono por cada corpo cremado.
A lei foi assinada pelo governador Gavin Newsom durante o fim-de-semana e será aplicada a partir de 2027, relatou o Los Angeles Times. A Califórnia segue assim os passos dos estados de Oregon, Washington, Vermont e Colorado.
Micah Truman, fundador e diretor executivo do serviço funerário Return Home de Seattle, especializado em processos de enterro ecológico, disse ao Guardian que já tratou de corpos de 12 estados diferentes.
Além de transformar corpos em fertilizante, a compostagem humana tem o benefício de ser melhor para o ambiente do que a cremação, que emite aproximadamente uma tonelada métrica de carbono por corpo cremado, informou o Futurism.
Embora não seja o primeiro estado a avançar para a legalização da compostagem humana, a Califórnia é o lar Caitlin Doughty, a ativista e ex-diretora funerária de Los Angeles, cuja Order of the Good Death tem desde 2011 estimulado a discussão em torno da indústria funerária e dos danos que esta causa.
A organização e outros defensores da compostagem humana indicam que a prática também tem o benefício adicional de custar o mesmo ou menos do que outras opções funerárias – entre 5.000 e 7.000 dólares.
De acordo com o Futurism, à redução de custos e das emissões junta-se o facto de a compostagem humana oferecer às famílias “uma oportunidade de devolver os seus entes queridos à Terra”.