Brasil inaugura (sempre) assembleia da ONU. Ninguém sabe porquê

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Reunião do Conselho de Segurança da ONU

Reunião do Conselho de Segurança da ONU

Jair Bolsonaro é o primeiro líder a falar em nova Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas. Numa altura em que a dívida é grande.

Jair Bolsonaro é o primeiro líder a falar em nova Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que arranca nesta terça-feira em Nova Iorque.

A 77.ª reunião geral da ONU reúne cerca de 150 chefes de Estado e de Governo de todo o mundo, sob o cenário de guerra na Ucrânia, desastres climáticos e insegurança alimentar.

Entre os 150 líderes, o primeiro a falar é, como sempre, o presidente do Brasil.

Isto numa altura em que o Brasil deve quase 300 milhões de euros à ONU, de acordo com contabilidade da própria organização, revelada pela BBC News Brasil.

A maioria dos 290 milhões está relacionada com missões de paz da organização acumuladas ao longo dos últimos anos.

E este valor não inclui eventuais dívidas do Brasil com outros organismos internacionais.

Sempre a abrir

O presidente do Brasil é sempre o primeiro a falar na Assembleia Geral da ONU, já desde a segunda sessão, em 1947.

Porquê? Pois. Não se sabe ao certo.

Não há qualquer regra escrita, algum documento oficial sobre o assunto. Há teorias, lembra a Globo.

A explicação que aponta para o Brasil ter sido o primeiro membro da ONU…é falsa.

Há quem defenda que o Brasil, considerado país neutro, era um bom país para suavizar as tensões da Guerra Fria, entre Estados Unidos da América e União Soviética (nenhum destes dois países deveria iniciar a assembleia).

Outros indicam que o Brasil foi assim recompensado por não ter sido incluído no Conselho de Segurança da ONU.

Mesmo sem justificação oficial, mesmo sem documento sobre o assunto, o Brasil continua a inaugurar a Assembleia-Geral das Nações Unidas. Há 75 anos.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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3 Comments

  1. Aqui no Brasil é ventilado que esta honra é uma tradição, outra versão afirma que se deve ao voto, de minerva, de Osvaldo Aranha, no reconhecimento do Estado de Israel. De qualquer forma, a despeito do atual mandatário, continua sendo um grande privilégio. Com relação às nossas dívidas tenho por certo que serão honradas. Há 500 anos temos sobrevivido, não é!

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