Portugal foi o país da UE que mais subiu nos índices de pobreza

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Portugal foi o país da União Europeia (UE) que mais se afundou nas condições de vida, queda originada pela pandemia. Com 2,3 milhões de pobres no país, está abaixo da média europeia, em oitavo entre os piores.

Segundo os últimos dados do Eurostat, relativos a 2021, a UE tem 95,4 milhões de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social, o que representa 21,7% da população, um em cada cinco residentes nos estados-membros.

De acordo com o Expresso, que cita esses dados, o aumento em relação ao ano anterior foi de cerca de 1%, mas ainda assim há mais pessoas a viver com um rendimento abaixo do limiar da pobreza, a sofrer uma privação material e social severa ou a integrar um agregado familiar com uma atividade laboral muito baixa.

Basta um destes três critérios para entrar na estatística da pobreza. Mas há 5,9 milhões de europeus a acumular os três.

O risco de pobreza ou exclusão social é maior nas mulheres (22,7%) do que nos homens (20,7%) e agrava-se em famílias com crianças. Os jovens entre os 18 e os 24 anos (27,3%) os mais atingidos e 24,4% das crianças (com menos de 18 anos) se encontram em risco elevado.

A precariedade é agravada em europeus com um baixo nível educacional e em situação de desemprego. Dois terços dos cidadãos em idade ativa que não têm trabalho vivem em exclusão social.

A Roménia (34,4%), a Bulgária (31,7%), a Grécia (28,3%), a Espanha (27,8%) e a Letónia (26,1%) apresentam o maior risco pobreza e de exclusão social. As condições de vida mais favoráveis foram registadas na República Checa (11%), Eslovénia (13%), Finlândia (14%), Eslováquia (15,6%) e Países Baixos (16,6%).

Em termos de evolução, doze países (Bélgica, Bulgária, República Checa, Estónia, Irlanda, Chipre, Lituânia, Polónia, Roménia, Eslovénia, Finlândia e Suécia) conseguiram diminuir os valores da pobreza.

Portugal está em oitavo lugar entre os países que registam maior risco de pobreza e de exclusão social, com 22,4% da população afetada. São 2,3 milhões de pessoas. Entre 2020 e 2021 agravou-se em 2,4%, distanciando-se da média europeia que está nos 21,7%. Caiu cinco lugares na escala das condições de vida.

A pobreza atinge mais as famílias portuguesas com crianças, a população menos instruída (30,4% têm ensino primário e básico, por oposição a 8,7% de licenciados) e as mulheres. Entre os carenciados, 22,9% são crianças e 24,2% têm entre 18 e 24 anos. Ao contrário da média da UE, os mais idosos registam piores condições de vida.

ZAP //

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