As tropas ucranianas já recuperaram mais de 30 localidades, informou o Presidente Volodymyr Zelenskyy, enquanto decorre a contra-ofensiva no sul do país e as atenções se voltam também para a região de Kharkiv.
“O nosso exército, os serviços de inteligência e o Serviço de Segurança da Ucrânia continuam ativos em várias áreas de operação. Continuam com sucesso”, disse no discurso diário, no qual garantiu que as autoridades ucranianas estão a retomar o controlo de novas localidades que estavam ocupadas pelo russos.
No mesmo momento, o líder ucraniano pediu aos bloggers que “não se apressem com os relatos, não compliquem a tarefa do nosso exército com a vossa pressa”. A Ucrânia apertou o nível de segurança e limitou a divulgação de detalhes das atividades militares, pedindo à população que siga a mesma postura.
Zelenskyy lembrou ainda a decisão do Conselho da União Europeia, que suspendeu formalmente o acordo de facilitação de vistos com a Rússia. “Isto é a proteção da Europa”, apontou.
“Vai tornar-se mais difícil [viajar] para aqueles que não querem mudar nada, que não querem lutar contra a guerra, mas só querem consumir e divertir-se como se nada estivesse a acontecer, como se não existisse terror russo”, acrescentou.
A suspensão do acordo, que vigorava desde 2007, significa que os cidadãos russos deixarão de ter facilidades quando solicitarem um visto de curta duração para o espaço Schengen de livre circulação, passando a ser aplicadas as regras gerais do código de vistos.
AIEA alerta para situação insustentável em central
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) alertou na sexta-feira para a “situação insustentável” na central nuclear ucraniana de Zaporíjia devido a um apagão em Enerhodar, a cidade onde está localizada esta infraestrutura.
Num vídeo publicado na página oficial da AIEA, o diretor-geral da agência, Mariano Grossi, deu conta da “grave situação” que aconteceu na noite de quinta-feira na sequência do apagão em Enerhodar, onde fica a central nuclear ucraniana, devido a um bombardeamento que destruiu a infraestrutura de energia que alimenta a cidade.
“Esta é uma situação insustentável e cada vez mais precária. Enerhodar escureceu. A central nuclear não tem energia externa. E vimos que quando a infraestrutura foi reparada, acabou por ser danificada novamente”, lamentou, citado pela agência Lusa.
Para o responsável, isto “é completamente inaceitável” e apelou urgentemente ao cessar de todos os bombardeamentos naquela área. “Somente isso garantirá a segurança do pessoal operacional e permitirá a restauração duradoura da energia para a Enerhodar e para a central”, explicou.
Para Mariano Grossi, “este desenvolvimento dramático” mostra que absolutamente imperativo “estabelecer agora uma zona de segurança e proteção nuclear“, sendo essa a “única maneira de garantir que não enfrentamos um acidente nuclear”.
A Rússia retomou os bombardeamentos junto da central nuclear ucraniana, indicaram na quarta-feira autoridades locais, um dia após a agência nuclear da ONU ter instado à definição de um perímetro de segurança para impedir uma catástrofe.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu esta semana que a Rússia e a Ucrânia se comprometam em travar atividades militares perto ou a partir da central e que garantam um acordo por um perímetro desmilitarizado.
Vi na TV as viaturas russas a fugir a toda a velocidade. O Ocidente, sobretudo os EUA, deêm armamento em força à Ucrânia que eles tratarão de destroçar os russos (que militarmente são algo frágeis).