O bebé da capa do Nevermind, que processou a banda alegando ter sido vítima de exploração sexual com a fotografia, voltou a perder em tribunal.
Spencer Elden voltou a ser derrotado em tribunal. Um juiz federal norte-americano decidiu contra o homem que foi a estrela da capa do álbum Nevermind, dos Nirvana, quando era bebé, e que desde então abriu um processo contra a banda alegando que foi vítima de “exploração sexual infantil” com a difusão da icónica imagem.
O juiz também efetivamente proibiu Elden, agora com 31 anos, de voltar a processar a banda e os restantes envolvidos no caso, como a viúva de Kurt Cobain, Courtney Love, os ex-membros da banda Dave Grohl e Krist Novoselic, o diretor de arte Robert Fisher e o fotógrafo Kirk Weddle.
Bert H Deixler, advogado dos acusados, revela num comunicado enviado ao The New York Times que os seus clientes estão “satisfeitos por verem este caso sem mérito a chegar a uma conclusão rápida“.
Já a defesa de Elden anunciou que pretende recorrer da decisão. “A interpretação da prescrição na lei de Masha nesta decisão contraria 15 anos de precedentes e o objetivo dos legisladores da lei”, explica a advogada Margaret Mabie.
“De acordo com esta interpretação da lei, as punições contra a pornografia infantil evaporizam-se quando a vítima na imagem faz 28 anos. Seguindo esta lógica, qualquer produtor de pornografa infantil — como o abusador original de Masha Allen — pode simplesmente esperar e depois redistribuir o material com impunidade“.
Esta não é a primeira derrota judicial que Elden sofre, tendo um juiz na Califórnia já decidido contra si em janeiro.
A famosa capa do Nevermind mostra Elden, que tinha quatro meses na altura, a nadar nu numa piscina e a tentar apanhar uma nota de dólar. O protagonista da foto alega que nem o próprio nem os seus tutores legais autorizaram o uso da imagem e diz que o mediatismo lhe causou “sofrimento emocional extremo e permanente com manifestações físicas”.
Já a defesa dos Nirvana alega que Elden lucrou durante 30 anos com o reconhecimento que ganhou graças à capa do algo, tendo feito uma sessão fotográfica onde recriou a imagem e tendo tatuado “Nevermind” no peito.