O Governo está a ponderar pedir mais 2,3 mil milhões de euros emprestados até ao final do ano. Até agora, Portugal pediu emprestado apenas um quinto dos 14,2 mil milhões de euros a que tem direito no âmbito da bazuca europeia.
Até agora, Portugal pediu apenas um quinto dos 14,2 mil milhões de euros em empréstimos a que tem direito no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a famosa bazuca europeia. De momento, o país tem ainda direito a mais 11,5 mil milhões de euros em empréstimos do PRR.
No entanto, segundo avança o Jornal de Negócios, o Governo está a ponderar pedir até mais 2,3 mil milhões de euros emprestados ainda este ano. Este pedido extra justifica-se com os efeitos da guerra na Ucrânia na economia nacional e com os apoios pedidos pelas empresas.
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) admitiu aos investidores que esta hipótese está em cima da mesa.
“As autoridades pretendem atualmente utilizar 2,7 mil milhões de euros em empréstimos” do Plano de Recuperação e Resiliência, no entanto, “na segunda metade de 2022, podem considerar um montante adicional”, que pode ir “até 2,3 mil milhões de euros”, pode ler-se nos documentos apresentados aos investidores da agência que gere a dívida pública portuguesa.
O objetivo do novo pedido é “reforçar o apoio financeiro às empresas para capitalização” e financiar projetos de inovação, sublinha o documento.
O Ministério da Presidência, liderado pela Ministra Mariana Vieira da Silva, é o responsável pela gestão dos fundos europeus do PRR e não desmente a possibilidade de pedir mais dinheiro emprestado até ao fim do ano.
A tutela lembra que, de acordo com o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, “um Estado-membro pode pedir empréstimos até 31 de agosto de 2023, podendo este ser concedido pela Comissão Europeia até 31 de dezembro de 2023”.