Soldados que ficaram sem membros durante o conflito com os russos estão a recorrer a terapia com cavalos. Com direito a ioga em cima de um cavalo.
A guerra na Ucrânia já causou milhares de soldados feridos, quer entre os russos, quer entre os ucranianos.
Para quem sobrevive, há que encontrar formas de continuar, de recuperar. E de reabilitar, sobretudo quando há ferimentos graves – como perda de membros.
Há soldados ucranianos feridos, precisamente que perderam membros na guerra com a Rússia, que estão a recorrer a terapia com cavalos.
A hipoterapia (ou equoterapia), tal como o nome indica, é uma terapia na qual o cavalo é factor central.
Claro que há presença humana: o terapeuta trabalha com o doente, os seus aspectos físicos e mentais, mas com auxílio fundamental do cavalo – um animal especial.
Esta terapia pode recorrer a rampas, degraus e bolas. Além dos exercícios com o cavalo, também realizam-se actividades que envolvem cuidar dos animais.
O toque no cavalo estimula sensações na pessoa. Os movimentos do cavalo ajudam a nível motor e neurológico. Os andamentos do cavalo estimulam o sistema nervoso central do ser humano.
O portal Zabonora relata que há um espaço de hipoterapia em Lviv. Foi fundado por um casal, Oleksandra e Vasyl – e Vasyl está precisamente a combater.
Oleksandra tem ficado a cargo da gestão do espaço, onde os soldados aprendem a trabalhar com cavalos e a aproximar-se adequadamente do animal, a sentar, a montar e a comunicar.
E ainda há um extra, um novo tipo de terapia: o ioga a cavalo. Sim, ioga em cima de um cavalo.
“Trabalhamos com o princípio do “igual para igual”. A maioria de nós tem um membro da família numa zona de guerra ou a recuperar de ferimentos. Entendemos perfeitamente como é importante apoiar os soldados, não apenas na frente de combate”, explica Oleksandra.
A responsável acrescentou que este espaço não serve apenas para melhorar os seus compatriotas a nível físico ou psicológico. É uma forma de demonstrar gratidão: “São também sobre a importância dos soldados, independentemente de onde estejam agora, e sobre a nossa profunda gratidão”.
Guerra na Ucrânia
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