Após três dias de bombardeamentos na Faixa de Gaza, Israel e a Jihad Islâmica chegaram a um acordo para um cessar-fogo. Para o primeiro-ministro israelita, Yair Lapid, o país tinha conseguido cumprir os seus objetivos.
O acordo foi anunciado no domingo à noite pela Jihad Islâmica e confirmado por Israel. O cessar-fogo, mediado pelo Egito, entrou em vigor meia hora antes da meia-noite (hora local) e a situação na fronteira permaneceu calma desde então, segundo a agência EFE.
Entretanto, foi retomada esta segunda-feira a entrada de mercadorias na Faixa de Gaza, noticiou a agência AFP, indicando que um camião com combustível entrou através da passagem de Kerem Shalom, no sul do enclave.
A reabertura das passagens permitirá a entrada em Gaza de ajuda humanitária e do combustível necessário para reiniciar a única central elétrica do enclave, que está desde sábado com apenas quatro horas de fornecimento por dia.
Israel anunciou também o reinício do tráfego ferroviário na área próxima da Faixa de Gaza e permitiu que os israelitas que vivem nas aldeias limítrofes do enclave palestiniano deixassem os abrigos.
O exército israelita justificou a operação como um “ataque preventivo” contra a Jihad Islâmica, por receio de represálias após a detenção de Bassem al-Saadi a 01 de agosto na Cisjordânia, o território palestiniano ocupado por Israel.
O acordo de foi alcançado no domingo à noite e pôs fim a três dias de hostilidades entre as duas partes. https://t.co/cTbasTCbPb
— SIC Notícias (@SICNoticias) August 8, 2022
No decorrer da ofnsiva, as Forças Armadas israelitas mataram dois comandantes da Jihad Islâmica – Tayssir Al-Jabari e Khaled Mansur. De acordo com os responsáveis da Faixa de Gaza, morreram 41 palestinianos, entre eles 11 crianças e quatro mulheres, havendo 311 feridos.
Embora a ofensiva fosse contra a Jihad Islâmica e não contra o Hamas, este grupo relatou a morte de um membro da sua ala militar no campo de refugiados de Jabaliya. Israel disse que alguns dos ‘rockets’ disparados pela Jihad Islâmica caíram na Faixa de Gaza, um dos quais no campo de refugiados de Jabaliya.
As Forças Armadas de Israel relataram ainda que a Jihad Islâmica lançou um total de 780 ‘rockets’ nos três dias – 180 caíram ainda na Faixa de Gaza e 270 foram intercetados pelo sistema de defesa aéreo ‘Iron Dome’.
Este foi o confronto mais intenso na região desde maio de 2021, quando combates entre o exército israelita e o Hamas provocaram 260 mortos do lado palestiniano e 14 mortos do lado israelita em 11 dias.
A Faixa de Gaza está sujeita a um bloqueio há 15 anos, desde que o Hamas chegou ao poder.
Estes dois beligerantes , são irremediavelmente muito conservadores e respeitosos das velhas tradições , e não há duvida que as tradições são para se manter !..