A taxa de inflação homóloga nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) atingiu os 10,3% em junho, a taxa mais alta desde junho de 1988, indicou a organização em comunicado divulgado esta quarta-feira.
A taxa de 10,3% representa uma aceleração face a registado em maio (9,7%). O preço dos alimentos continuou a aumentar, tendo atingindo os 13,3% no mês em análise, o que compara com 12,6% em maio. Desde julho de 1975 que os preços dos alimentos não subiam tanto.
Também na energia houve uma aceleração do aumento dos preços face a maio, tendo sido registado uma taxa de 40,7%.
“Excluindo alimentos e energia, a inflação homóloga aumentou para 6,7% em junho de 2022, em comparação com 6,4% em maio de 2022″, indicou a OCDE.
Segundo a nota, a inflação nos países do G7 atingiu os 7,9%, tendo sido o maior aumento registado em Itália. Já nos países do G20 (as 20 maiores economias) a inflação fixou-se em 9,2%, “com aumentos acentuados em todas as economias de mercado emergentes do G20, com exceção da Índia”.
Em Portugal a inflação em junho foi de 8,7%, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), tendo em julho ascendido a 9,2%.
Portugal com mais risco de inflação mais persistente
Na lista de países da UE mais expostos à inflação prolongada, Portugal aparece em sétimo lugar, devido, sobretudo, à “elevada aceleração” nos preços no consumidor nas categorias de bens mais “estáveis” (como a saúde e a educação), segundo um relatório divulgado na terça-feira pela Moody’s e citado pelo Negócios.
As pressões salariais, a indexação de salários e pensões e o processo de fixação salarial são outros dos fatores que contribuem para esse cenário. O Governo já tinha admitido que a elevada inflação deverá ser mais persistente do que o esperado.
“Os países que combinam a maior probabilidade de ver o aumento transitório dos preços tornar-se permanente e a capacidade de resposta política mais baixa são Malta, Chipre, Portugal, Eslovénia e Croácia”, indicou a agência.
Uma inflação mais duradoura do que o esperado, aliada a um baixo crescimento económico e a uma baixa capacidade orçamental de resposta a crises, pode conduzir a um cenário de estagflação, sendo o risco maior em Portugal, Espanha, Grécia e Itália, previu ainda a Moody’s.
Inflação na Turquia sobe para máximo em 24 anos
A inflação na Turquia subiu para 79,6% em julho face ao mesmo mês de 2021, tratando-se do valor mais alto em 24 anos, escreveu a agência Reuters, citando os dados do instituto de estatística da Turquia (TUIK). Em cadeia, os preços subiram 2,37% em julho.
A inflação anual está no nível mais alto desde setembro de 1998, quando atingiu os 80,4% e a Turquia tinha uma “bagagem” de cerca de dez anos de elevada inflação.
Por setor, foi nos transportes que se registou a inflação mais elevada (119,11%), enquanto os preços de alimentos e bebidas não alcoólicas subiram 94,65%.
De acordo com a agência, a inflação começou a subir no outono, quando a lira caiu depois do banco central ter cortado, gradualmente, os juros em 500 pontos base para 14%. A moeda caiu 44% em relação ao dólar no ano passado e caiu mais 27%, até ao momento, em 2022. Adicionalmente, a situação foi agravada pela guerra na Ucrânia.
No dilema entre travar a inflação com subidas de juros, ou não gripar a economia, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tem escolhido o segundo.
Continuem à acreditar nos liberais e na retórica de menos estado, nas políticas económicas de serviços, desenvolvidas pela UE. O protecionismo e os setores primário e secundário da economia é de esquerda e está ultrapassado.
Não noto nada no meu recibo de Supermercado, nem nas Faturas da Água e da Eletricidade.
Será FM?
Espere um bocadito.
não precisa de esperar… MF (Ministro das Finanças)… é por isso… lol