Os profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) realizaram 9,9 milhões de horas extraordinárias nos primeiros seis meses deste ano, o que equivale, em termos homólogos, ao segundo valor mais alto desde 2014.
Contudo, de acordo com os dados disponíveis no Portal do SNS, em relação ao mesmo período do ano passado, as horas extra realizadas pelos profissionais de saúde diminuiu 13,5% – em 2021, ano em que se bateu o recorde de horas suplementares, fizeram-se no primeiro semestre 11,4 milhões de horas extra.
Desde 2018 que se regista uma subida das horas suplementares devido à passagem das 40 horas semanais para 35, aplicada a vários grupos profissionais. Em relação aos primeiros seis meses, os números de 2022 ultrapassaram os de 2020 (mais 22,3%) e os 2019 (mais 42,7%).
Segundo o jornal I, citado pelo Público, há nove hospitais onde há um aumento superior a 50% e dois que quase duplicaram as horas suplementares realizadas em relação a 2019: a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (mais 99%) e o Centro Hospitalar do Oeste (mais 84).
Esta semana, foi publicado o decreto-lei que estabelece um regime excecional de valor por hora – entre os 50 e os 70 euros – a ser pago aos médicos que fazem urgências, que vai vigorar até 31 de janeiro do próximo ano, medida que tem sido criticada por conter aquilo a “norma-travão”.