Apesar das previsões favoráveis para o défice deste ano, a análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental lembra que há muitas incertezas em torno do impacto da subida das taxas de juro.
De acordo com um novo estudo da Unidade Técnica de Apoio Orçamental, o impacto da inflação nas contas públicas vai permitir a Fernando Medina fazer um brilharete no défice, que deve ficar abaixo da meta dos 1,9% do PIB definida no Orçamento de Estado deste ano.
A pesquisa acompanha as contas públicas até março de 2022 e revela que a inflação levou a que a receita fiscal disparasse, que cresceu quanto ao dobro do ritmo da economia, escreve o DN.
“A evolução muito favorável do saldo orçamental, em termos homólogos, no primeiro trimestre de 2022, tem as seguintes explicações principais: crescimento substancial do PIB nominal (mais 12,5%), reação considerável da receita fiscal (mais 20,1%) e redução nos encargos com as medidas de política covid-19 líquidos de cofinanciamento comunitário (menos 49,7%)”, lê-se no estudo
Em relação ao saldo orçamental, a evolução positiva deve-se ao grande recuo registado no início de 2021, quando a economia sofreu bastante devido à pandemia e o Estado teve de suportar os apoios às empresas e a maior despesa do SNS.
Entre o primeiro trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022, houve uma melhoria de 5,5 pontos percentuais, um valor que vai ao encontro das estimativas do Ministério das Finanças no OE 2022.
A análise foi entregue esta segunda-feira no Parlamento e refere que os dados das contas de Portugal em 2022, apesar de ainda só serem referentes aos primeiros três meses, dão “indicações positivas quanto à probabilidade de superação da meta orçamental prevista”.
“Para os restantes trimestres de 2022 é previsível que a receita possa continuar a beneficiar do contexto inflacionista, assim como é expectável um encargo líquido total com medidas covid-19 inferior ao registado em 2021″, remata o documento.
Mesmo assim, a UTAO lembra que há ainda muita incerteza devido ao impacto da subida das taxas de juro e há “riscos descendentes oriundos da evolução económica nos próximos trimestres, nomeadamente quanto ao efeito da política monetária nas expectativas dos agentes económicos e à resposta orçamental do governo a pressões na frente “inflação e Ucrânia“, com encargos adicionais face aos previstos”.
Conclui-se que o Estado ganha mais do que os contribuintes, neste caso, até porque não conseguem baixar os preços, deve doer… ou algo assim.
A ciência tem contribuído para a resolução de alguns problemas de anti solidarização. Foi descoberto recentemente um novo planeta para todos os que ambicionam ser donos do mundo. Acredito assim poder-nos unir num manifesto de contribuição para as viagens sem regresso, dessa gente e assim governarem sem dó nem piedade, apesar de isolados, um mundo a seu jeito, deixando assim que a felicidade reine em todos os planetas.