Responsável enumerou alguns dos comportamentos de risco comuns nesta altura do ano e sublinhou que a resposta nas unidades hospitalares, com destaque para as urgências, pode ser diminuta.
A diretora-geral da Saúde apresentou ontem, em Alpiarça, o plano de contingência para o verão, o qual junta várias entidades em campanhas para a prevenção de situações que aumentam o risco de doenças ou de acidentes nesta época do ano.
O programa, criado em 2004, tem este ano quatro eixos, juntando-se aos riscos das altas temperaturas, da elevada concentração de população em determinadas zonas do país, como o Algarve, e dos comportamentos de risco, um específico sobre a covid-19.
Graça Freitas salientou a importância da informação recebida dos diversos parceiros, cerca de duas dezenas, para a tomada das “melhores decisões” e para comunicar “com clareza” com as populações.
As campanhas abordam questões que se prendem com os efeitos das altas temperaturas, com comportamentos de risco e com o aumento sazonal da população em determinadas zonas do país, os quais aumentam os riscos de doença e de acidentes, com reflexos na procura das urgências hospitalares, disse. “O pior que pode acontecer é adoecer ou ter acidentes em agosto”, acrescentou.
As campanhas do programa “Juntos por um verão seguro 2022” abordam temas como os cuidados em viagem, a necessidade de hidratação, a prevenção de acidentes e de consumos aditivos. Graça Freitas referiu ainda situações como afogamentos, lesões provocadas por mergulhos, intoxicações alimentares, infeções por transmissão sexual, habituais nesta época do ano.
Na sessão de hoje estiveram presentes alguns meios da proteção civil, salientando Rui Pereira, do Instituto de Socorros a Náufragos a disponibilização de 29 viaturas e oito moto-quatro nas praias com maior registo de acidentes.
Teresa Brandão, do Instituto Nacional de Emergência Médica, sublinhou o reforço de meios nas zonas de maior concentração populacional e nos festivais de verão, bem como dos profissionais no Centro de Orientação de Doentes Urgentes, frisando que os meios “são diminutos”, sendo feito “o que é possível”.
Para Duarte da Costa, presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a aposta deve estar na prevenção e numa “grande capacidade de comunicação”.
A presidente da Câmara de Alpiarça (distrito de Santarém), Sónia Sanfona, apontou a importância de “mensagens claras”, pois as pessoas “tendem a cumprir o que lhes faz sentido”. “É essencial que as populações se sintam seguras e que tenham confiança nos serviços que o Estado assegura”, disse.