A escalada dos preços da energia e a incerteza relativamente à evolução pandémica em Portugal levaram as pequenas empresas a pedir mais apoios por parte do Governo, considerando que as linhas de crédito atuais não são o modelo mais adequado.
O impacto económico da guerra na Ucrânia tem causado uma escalada nos preços e na inflação e para combater este cenários, a Confederação das Micro, Pequenas e Médias empresas (CPPME) pediu a criação de uma linha de apoio a fundo perdido de apoio à tesouraria.
A defesa da medida já não é de agora, segundo o presidente da CPPME, Jorge Pisco, que adianta à Renascença que já a advogava “desde o início da pandemia” e lembra que ainda “há muitas incertezas” relativamente à evolução dos números de casos e devido ao aumento dos preços da energia e a consequente inflação generalizada, sendo que de momento a situação “não é nada animadora”.
“Não é com linhas de crédito que se resolvem estes problemas que as empresas atravessam”, sublinha ainda o responsável da Confederação ainda, criticando o modelo de apoios que o Governo tem seguido.
Jorge Pisco lamenta também que os apoios prometidos às empresas por parte do Governo durante a pandemia ainda não tenham chegado aos seus destinos, considerando que as promessas “não foram mais nada do que um flop propagandístico por parte do Governo”.
“É necessário que o Governo olhe para estes problemas de forma diferente. Não basta dizer que o Turismo está a recuperar”, remata o presidente da CPPME.