“Uma das batalhas mais violentas da Europa”. Rússia destrói a última ponte em Severodonetsk

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Presidência da Ucrânia / Wikimedia

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy.

Zelenskyy garantiu que a batalha de Severodonetsk, uma cidade estratégica no leste da Ucrânia, será lembrada como uma das mais violentas de sempre na Europa.

“O custo humano desta batalha para nós é muito elevado. É simplesmente aterrador”, referiu o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, no seu discurso diário aos ucranianos, transmitido na plataforma Telegrama.

“A batalha em Donbass irá certamente ficar na história militar como uma das batalhas mais violentas da Europa”, acrescentou o chefe de Estado ucraniano, citado pela agência Efe, segundo noticia o Jornal de Notícias.

“Estamos a lidar com o mal absoluto”, afirmou, salientando que “não há outra escolha senão avançar e libertar” o seu país, incluindo as regiões ocupadas pela Rússia no sul e no leste, que enfrentam um “bloqueio civilizacional”, uma vez que os russos estão a “bloquear todas as comunicações” para o mundo exterior.

Zelensky estima a perda de 100 soldados e 500 feridos por dia nos combates com o exército russo, que tenta controlar Severodonetsk, ainda sem sucesso.

O Presidente ucraniano pediu novamente ao Ocidente que fornecesse “mais armas” ao exército da Ucrânia, sendo que as tropas de Moscovo controlam a maior parte de Severodonetsk e continuam a esmagar a artilharia ucraniana.

Há quase um mês que Severodonetsk é o epicentro da guerra na Ucrânia, mas a batalha parece ter chegado à sua fase final com a destruição da última ponte que ligava a cidade à vizinha Lisichansk e ao restante território ucraniano.

No início da noite, o governador da região de Lugansk, Sergei Gaidai, disse que “70-80% da cidade” foi ocupada pelos russos, acrescentando que “as três pontes foram destruídas”.

“É agora completamente impossível entrar na cidade de carro ou entregar qualquer coisa. A evacuação é impossível”, admitiu Gaidai.

Embora uma pequena parte da cidade se mantenha sob controlo ucraniano, as forças russas “têm uma vantagem significativa na artilharia” e conseguiram recuperar muito território urbano, explicou o governante.

Os russos estão a destruir quarteirão atrás de quarteirão“, lamentou.

“As batalhas são tão ferozes que a luta por um único edifício pode durar dias”, acrescentou Gaidai à RFE, seguro de que os soldados ucranianos estão numa situação complicada, mas ainda não totalmente bloqueada.

Lisichansk mantém-se nas mãos dos soldados ucranianos, embora esteja também sujeita a bombardeamentos imparáveis por parte dos russos.

Rendam-se ou morrem“, afirmou um representante militar da autoproclamada República Popular de Donetsk aos jornalistas.

Com a destruição da última ponte para Severodonetsk, “as divisões [militares] ucranianas que estão lá, ficam lá para sempre”, afirmou Eduard Basurin, a menos que deponham agora as armas. “Não há outra opção”, alertou.

A Ucrânia responde as avanços russos em Severodonetsk com ataques de artilharia no território controlado pelos separatistas, de acordo com o Público.

Um bombardeamento que atingiu um mercado onde estava “muita gente” provocou a morte a pelo menos três pessoas, incluindo uma criança, referiu um responsável da autoproclamada República Popular de Donetsk, citado pela agência russa Ria.

“Os abrigos de Azot não são tão resistentes como os de Azovstal, temos de tirar de lá as pessoas com garantias de segurança”, alertou ainda Gaidai.

O governador revelou ainda estar em negociações com o lado russo para que os civis possam ser retirados do local. “Até ao momento têm sido infrutíferas”.

A situação delicada da cidade levou os responsáveis políticos ucranianos a reforçar o apelo ao fornecimento de armas por parte do Ocidente.

“Sejamos claros: para acabar com a guerra precisamos de igualdade nas armas pesadas”, escreveu Mikhailo Podoliak, assessor de Zelenskyy, no Twitter.

“Estamos ligeiramente preocupados, não há uma compreensão suficiente do nível de ameaça com que estamos e a Europa confrontados”, disse Iurii Sak, um assessor do Ministério da Defesa ucraniano, à BBC.

Alice Carqueja, ZAP //

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9 Comments

  1. Este palhaço egocêntrico invés de negociar e ceder aos russos, deu-lhes a argumentação para a guerra ao violar todos os tratados anteriormente acordados. A Ucrânia acabou! Vai ser retalhada e por causa deste palhaço o povo perde as suas casas e infra estruturas.

  2. A terceira ponte em Severodonetsk foi destruída pelos ucranianos para impedirem os soldados ucranianos de retirarem para o outro lado do rio. Agora ou se rendem – o que provavelmente farão, porque não são estúpidos – ou correm o risco de morrer. O Zelensky é de facto um ótimo ator…

  3. J. Galvão

    Fofinhos, as divergências são sempre democráticas , há que aceitar opiniões divergentes.
    Na verdade aquele chefe fofinho como ator e depois como presidente ??? foi uma tortura para o seu povo ao recusar render-se e aceitar o exilio oferecido logo no principio pelo fofinho americano, ter aceite ser ator não foi novidade , na américa ja tivemos na historia do cinema da quele Pais muitos atores candidatos a presidência e alguns chegaram mesmo a mandar nos ” índios” mas a historia não ficou enriquecida, de fato nao é a mesma coisa, pois nos filmes nao morre ninguém a nao ser acidentalmente ou por doença.
    Logo este ator deveria ter entendido que nao tinha qualquer hipótese de combater mosquitos e muito menos um exercito que alguns anos antes construiu aquele Pais, e inconscientemente com armas de madeira e crianças de tenra idade, conforme propagandeou na comunicação social, e ainda ameaçando VENHAM ELES QUANTOS SAO, QUANTOS SAO !!! ate o fofinho americano gritava ELES QUE ENTREM, ELES QUE ENTREM QUE NÓS LA ESTAREMOS A RETALIAR. o fofinho da Ucrânia ja pediu cerca ( ja lhe perdi a conta ) de duzentas vezes ARMAS MAIS ARMAS; DEIAM-NOS ARMAS MAIS ARMAS, e algumas até parece que chegaram la !!!, as forças politicas do ocidente e outros nao resistiram a envolver os seus paises, no principio com timidez e atualmente com arrogância, nem refletem que estão a contribuir na mortandade daqueles inocentes fofinhos, mas que utilização tiveram, mais Mortes, mais destruição, menos território, mais cerco, mais pessoas inocentes a ficarem órfãs, sem lar, sem industria, sem Pais, com o seu futuro comprometido, e o fofinho nao tem a perceção que esta a condenar aquele povo. há um velho ditado que diz MAIS VALE UM COBARDE VIVO, DO QUE TODO UM POVO MORTO, quantas batalhas ao longo dos seculos terminaram com a rendição de um dos lados, e os povos foram felizes.
    Fofinhos procurem a PAZ.
    Um abraço fofinho

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