Os líderes parlamentares do PS e do PSD deram indicações aos deputados para não interpelarem o Chega.
Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, e Paulo Mota Pinto, líder parlamentar do PSD, não combinaram mas adotaram a mesma estratégia: recomendaram às suas bancadas evitar pedidos de interpelação a deputados do Chega quando falam no plenário.
Após cada intervenção na Assembleia da República, as outras bancadas podem fazer perguntas a quem acabou de falar, isto consoante o tempo que têm disponível.
Mesmo que não assumam diretamente a forma de uma pergunta, dão direito ao interpelado a responder, também consoante o tempo de que disponha.
O Expresso avança, assim, que a estratégia dos socialistas e dos sociais-democratas acaba por limitar a possibilidade de intervenção do Chega em plenário.
Augusto Santos Silva, atual presidente da Assembleia da República, segue a mesma linha, evitando a reação sistemática do terceiro maior partido.
“Por mais esdrúxulas que sejam ou pareçam ser, a expressão das ideias pelos outros deve ser acolhida com cortesia, que não é por impedir o outro de se exprimir que alguém fica com a razão. E as ideias próprias não precisam de ser gritadas, porque a qualidade dos argumentos não se mede em decibéis”, disse , no seu discurso de posse.
“O único discurso sem lugar aqui há de ser o discurso do ódio, quer dizer, o discurso que negar a dignidade humana seja a quem for, o discurso que insultar o outro só porque o outro é diferente, o discurso que discriminar, seja qual for o motivo da discriminação, o discurso que incitar à violência e à perseguição”, acrescentou.
Em reação ao semanário, o Chega não se diz surpreendido com aquela que considera ser “uma tentativa de cordão sanitário em bloco pelos principais partidos do sistema”.
“A estratégia de evitar interpelar o Chega não nos surpreende. Estranho aqui é o PSD não ter aprendido nada com as eleições de janeiro e continuar a embarcar na estratégia do PS”, acrescenta o partido.
E bem!
Não vão dar corda aos alucinados…
Hoje perdi a cabeça, e vi um pouco das votações na AR, pelo que constatei que nas aprovações e reprovações das diversas propostas do OGE, estavam sempre, o BE e o CHEGA, (por vezes também o PCP mas estes são um caso á parte) em comum, ambos unanimes nas votações e propostas, o que se conclui no engano que cai o eleitorados, sendo que nem o BE é de esquerda muito menos de extrema esquerda, nem o Chega é de direita muito menos de extrema direita, são no mínimo ambos uns grupos políticos que tiveram a lucidez de arranjar, com populismo e através de descontentes, formas de viver á sombra da bananeira, com boas regalias, boas reformas, bons ordenados, claro que não tem culpa de serem espertos embora não seja louvável enganar partes do povo.