Alguns dos militares ucranianos foram levados para territórios controlados por pró-separatistas, sendo expectável que sejam trocados por prisioneiros de guerra.
As autoridades ucranianas confirmaram esta terça-feira o fim da operação de defesa do complexo Azovstal. De acordo com um comunicado citado pela agência Reuters, “a guarnição ‘Mariupol’ cumpriu a sua missão de combate”, num processo que culminou com a retirada dos militantes feridos na siderurgia.
A mesma agência avança que cinco autocarros e um veículo blindado transportaram combatentes até Novoazovsk, onde foram transportados para fora dos veículos em macas. Os casos mais graves foram também transportados para um hospital na região controlada pelos separatistas pró-russos.
No seu habitual discurso ao início da noite, Volodymyr Zelensky, foram retirados até ao momento 260 soldados ucranianos, dos quais 53 feridos com gravidade. Segundo o jornal Público, os combatentes ucranianos feridos com gravidade que foram retirados para zonas controladas pelos russos deverão regressar “através de do procedimento de troca” por prisioneiros de guerra russos.
O batalhão Azov também confirmou o resgate dos soldados. Através das redes sociais, o grupo elogiou os combatentes que “cumpriram a ordem” do Conselho Supremo da Ucrânia de “salvar vidas“. “Para salvar vidas, toda a guarnição de Mariupol cumpriu a ordem aprovada pelo comando militar e aguarda o apoio do povo ucraniano”.
Ainda de acordo com o coletivo, durante 82 dias, os “defensores de Mariupol cumpriram ordens, apesar das dificuldades, repeliram as forças avassaladoras do inimigo e permitiram que o Exército ucraniano se reagrupasse, treinasse mais pessoal e recebesse um grande número de armas dos países parceiros.
“Em 16 maio [hoje], 53 feridos graves foram transportados de Azovstal para Novoazovsk para receberem assistência médica e outros 211 foram encaminhados para Olenivka através de um corredor humanitário“, anunciou também a vice-ministra da Defesa ucraniano, Ganna Malyar.
De acordo com a agência Lusa, a evasão é o resultado de negociações com os próprios combatentes ucranianos, que estão barricados num labirinto de passagens subterrâneas naquele gigante complexo industrial. Segundo as autoridades ucranianas, cerca de 1.000 soldados, incluindo 600 feridos, ainda se encontram em Azovstal.
Guerra na Ucrânia
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