Ana Catarina Mendes promete apuramento “até às últimas consequências” da polémica sobre acolhimento de refugiados

Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares lembrou histórico de português no acolhimento de refugiados e destacou esforço feito no último mês e meio

Ana Catarina Mendes esteve hoje presente no parlamento para responder às questões dos deputados relativas à discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2022, no entanto, as atenções acabaram por se virar para o tema do momento: a polémica em torno do processo de acolhimento de refugiados por indivíduos com ligações ao regime russo, a qual a governante se comprometeu, em nome do Governo, a investigar “até às últimas consequências”.

“Uma andorinha não faz a primavera e se vier a público, e se vier a ser confirmado, aquilo que foi o tratamento, que eu diria, negligente e intolerável por parte de um município, vai ser investigado até às últimas consequências”, defendeu a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, numa resposta à pergunta colocada por Catarina Rocha Ferreira, do PSD.

Apesar da resposta inicial, a governante não quis alongar-se, lembrando que está a decorrer um inquérito da Comissão Nacional de Proteção de Dados tendo em vista a averiguação de possíveis ilegalidades no acolhimento de refugiados ucranianos pelo município de Setúbal. Simultaneamente, também outro processo pedido pela Inspeção-Geral das Finanças está a decorrer.

“Este Governo não deixará que haja violação da lei e, muito menos, que não se trate de forma digna e com respeito aqueles que aqui chegam”, disse a ministra, ouvida em simultâneo nas comissões de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, de Orçamento e Finanças, e da Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Ana Catarina Mendes lembrou que a mobilização do último mês e meio, período em que Portugal recebeu mais refugiados do que nos últimos cinco anos, corresponde a um “esforço acrescido”, de forma a dar resposta à maior crise de refugiados da História. De acordo com a ONU, a invasão russa à Ucrânia provocou a fuga de 5,5 milhões de ucranianos para fora do país.

“Portugal é um país de referência no mundo” no acolhimento de refugiados, reconhecido pela forma como foi capaz de promover “a plena integração de todos os que nos procuram” lembrou a governante, citada pela TSF.

ZAP //

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