Dos 42 magnatas russos apanhados pelos Pandora Papers, há 11 deles que foram sancionados após a invasão à Ucrânia.
Os arquivos secretos de 14 offshores revelam detalhes sobre os ativos escondidos de magnatas próximos de Vladimir Putin e diretores dos principais bancos do país. No total, há 11 magnatas russos sancionados após a invasão da Ucrânia apanhados pelos Pandora Papers.
O jornal El País, que faz parte do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, aponta que há pelo menos 42 magnatas russos envolvidos, cuja riqueza combinada equivale a 15% do PIB país. Onze deles foram sujeitos a sanções recentes devido à guerra na Ucrânia.
Um deles é Alexei Mordashov, que já foi considerado o homem mais rico da Rússia. Em fevereiro, o magnata russo desfez-se da sua participação no conglomerado de turismo alemão TUI, assim que foram conhecidas as sanções aos russos ligados ao Kremlin.
No entanto, a sua participação na empresa foi vendida à Ondero, uma empresa controlada pela pela Ranel Assets, ligada a Marina Mordashova, mãe dos filhos do magnata.
O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação revela agora “como a PwC ajudou um barão russo do aço a fazer crescer o seu império offshore”.
O Observador lembra que Mordashov construiu a sua riqueza nos setores do turismo e viagens e produção e exportação de aço. O magnata tem uma fortuna avaliada em 29 mil milhões de dólares e foi apelidado pela revista Forbes de “barão do aço”.
Sergey Chemezov é outro oligarca envolvido nos Pandora Papers. O ex-agente do KGB é próximo de Vladimir Putin e é presidente executivo da Rostec, que produz grande parte do equipamento militar e industrial usado pela Rússia.
O iate de Chemezov foi recentemente apreendido em Espanha após o início da invasão à Ucrânia.
Os outros envolvidos são Anatoliy Kerimov, outro dos homens próximos do Presidente russo, e oito diretores de grandes bancos russos, entre os quais Peter Aven e Mijaíl Fridman.
