Convite terá de ser endereçado por Marcelo Rebelo de Sousa, homólogo de Zelenskyy.
Volodymyr Zelenskyy será convidado para discursar na Assembleia da República assim que Marcelo Rebelo de Sousa receba a confirmação dos deputados, o que poderá acontecer já hoje. Tal como explica o jornal Público, os convites a chefes de Estado estrangeiros têm que ser feitos pelo Chefe de Estado, mesmo que a intervenção ocorra por videoconferência.
Caso o presidente ucraniano aceite, os detalhes para o discurso no Parlamento português, tais como a data e a hora, terão que ser concertados também com o Presidente da República, seu homólogo, e o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.
Hoje tem lugar no Parlamento a conferência de líderes onde será discutido o requerimento entregue pela deputada do PAN, Inês Sousa Real, e que visa convidar Volodymyr Zelenskyy a discursar na Assembleia da República, tal como tem vindo a fazer em vários parlamentos do mundo desde que o conflito no seu país começou, de forma a sensibilizar os parlamentares no sentido de agirem no sentido de porem termo à guerra.
Ontem, terça-feira, o presidente ucraniano discursou nas cortes espanholas, prosseguindo com as associações entre a invasão da Ucrânia e episódios da história dos países a quem se dirige por via dos seus parlamentos.
A aprovação do requirimento do PAN é dada como certa, face à intenção do PS em a viabilizar – tentando à maioria absoluta existente no Parlamento. Após a apresentação do requerimento pelo PAN, apenas o PCP optou por não se pronunciar. Os restantes partidos mostraram-se favoráveis, havendo, na altura, desacordo apenas quanto à data da intervenção, já que o novo Parlamento ainda teria que tomar posse.
Contactado pelo jornal Público, o gabinete do grupo parlamentar do PCP manteve a sua posição. “Para já, não nos pronunciamos.”
Inês Sousa Real, deputada do PAN, espera que o requerimento seja “acolhido por Portugal, nomeadamente depois do massacre de Bucha“. “Portugal deve lançar mão de todos os mecanismos diplomáticos que possam reforçar o seu apoio ao povo ucraniano”, descreveu a deputada ao Público.