Presidente do PSD admite que a escolha de Santos Silva para presidente da Assembleia da República tem lógica. PCP propõe salário mínimo de 850 euros.
Em dia de tomada de posse do novo Governo, é cedo para fazer análises, defende Rui Rio. O presidente do PSD prefere esperar por decisões do novo executivo liderado por António Costa para comentar.
No entanto, Rio falou sobre o “traço dominante do aparelho partidário, muito forte nas pastas políticas”.
Só há um nome que deveria ter sido evitado: Pedro Adão e Silva, como ministro da Cultura. “É uma escolha polémica. É um ministro que se impôs na vida pública fundamentalmente através de comentários permanentemente a defender o Governo como se tratasse de um comentador independente. Está mais do que claro, já estava antes, que não era independente, era ligado ao PS”.
A escolha de Augusto Santos Silva para novo presidente da Assembleia da República merece outra análise: “Pode ser um bom como um mau presidente. À partida não vamos dizer que é uma escolha sem lógica nenhuma. Tem lógica, claro, tem currículo”.
Nesta conversa com os jornalistas, na Assembleia da República, Rui Rio recusou comentar a oficialização de Luís Montenegro como candidato à sua sucessão, como presidente do PSD.
“Não vou fazer nenhum comentário, nem a esse candidato, nem a qualquer outro candidato que possa aparecer, como é evidente. Obviamente, vou manter-me afastado disso, como é lógico. Era o que faltava estar agora a comentar candidatos e a intervir em eleições para o meu sucessor. É como o partido quiser e como as pessoas entenderem, está sempre tudo bem”, comentou.
Salário mínimo
O PCP vai iniciar a nova legislatura com uma proposta importante no panorama nacional: a subida do salário mínimo nacional para 850 euros.
“O custo de vida é cada vez mais elevado e os salários e as pensões são cada vez mais curtos”, justificou Paula Santos, líder parlamentar dos comunistas.
O PCO também vai propor aos outros grupos parlamentares a reposição do pagamento das horas extraordinárias.