A guerra da Rússia contra a Ucrânia causou a divisão entre alguns republicanos de topo e o antigo presidente Donald Trump.
O antigo presidente, que proclama que “ninguém tem sido mais duro com Putin” do que ele, chamou “sábio” ao presidente russo pela sua “jogada” contra a Ucrânia.
Mas, segundo a CBS News, muitos republicanos de renome estão a tomar a posição oposta na condenação da invasão.
Primeiro foi o antigo Vice-Presidente Mike Pence, que disse num discurso recente que não havia lugar no GPO para “apologistas de Putin“.
A Senadora Lindsey Graham, da Carolina do Sul, que raramente se desvia da doutrina de Trump, apelou mesmo ao assassinato de Putin.
O antigo presidente, durante anos, questionou o valor da NATO e das alianças tradicionais de segurança global, ameaçou reter a ajuda à Ucrânia em troca de um favor político, e considerou verdadeira a palavra de Putin, em detrimento da das agências de informação.
Os republicanos estão agora a tentar usar todos os recursos possíveis, sem contar com as tropas dos EUA, para ajudar a parar a guerra na Europa.
“A grande maioria do Partido Republicano, tanto no Congresso como em todo o país, está totalmente de acordo com os ucranianos e apelam ao presidente para tomar medidas o mais rapidamente possível, para ser mais corajoso”, declarou o líder da Minoria do Senado, Mitch McConnell, que cada vez mais se tenta distanciar o Partido Republicano do Trump.
Sem mencionar diretamente Donald Trump, o senador republicano Roy Blunt do Missouri afirmou que está satisfeito com o que vê como o regresso dos Estados Unidos à liderança do panorama mundial.
“Tem havido uma divisão bastante notável entre a visão tradicional republicana pós II Guerra Mundial da nossa liderança no mundo, que é a que eu tenho, e aqueles que queriam seguir uma política mais centrada na retirada, para que outra pessoa preenchesse o nosso papel no mundo, se não o fizéssemos”, explicou Blunt.
“E penso que o que está a acontecer atualmente é que a maioria dos republicanos e, francamente, a maioria dos membros do Senado, mudaram para o que eu veria como uma visão mais internacionalista das nossas responsabilidades. E estou contente por ver isso”, concluiu o senador.
Ainda bem que acordaram e se puseram do lado certo da história.