Jerónimo de Sousa apontou a “o contínuo alargamento da NATO para o leste da Europa”, e a instalação “de cada vez mais forças e meios militares junto às fronteiras da Rússia” como justificações para a “intervenção militar” russa na Ucrânia.
Depois de dias a enfrentar duras críticas sobre o seu posicionamento relativamente à invasão russa da Ucrânia, o PCP reuniu-se ontem num Campo Pequeno esgotado para assinalar o 101.º aniversário do partido. Com o tema invariavelmente na ordem do dia, Jerónimo de Sousa aproveitou a ocasião para esclarecer o posicionamento do partido, ao mesmo tempo que da plateia surgiam palavras de ordem como “Paz sim, guerra não”.
“O PCP não apoia a guerra e isso é uma vergonhosa calúnia. O PCP tem um património inigualável na luta pela paz, não tem nada a ver com o governo russo e o seu Presidente (…). A opção de classes do PCP é oposta à das forças políticas que governam a Rússia capitalista e dos seus grupos económicos”, afirmou o secretário-geral do partido.
Seguiram-se ainda acusações de uma “campanha anticomunista”, “assente em grosseiras falsificações”. “Não caricaturem a posição do PCP, que, sem equívocos e ao contrário de outros, condena todo um caminho de ingerência, violência, confrontação“, defendeu.
Apesar da tentativa de se distanciar de Vladimir Putin e do seu regime, foi notória a escolha de palavras de Jerónimo de Sousa, que nunca proferiu o termo “invasão”, optando pela formulação “intervenção militar”. Ao longo do discurso, mostrou também pouca solidariedade com o governo de Zelenskyy, o qual considera fruto de um “golpe de Estado promovido pelos EUA na Ucrânia, que instaurou um poder xenófobo e belicista“.
O dirigente comunista criticou ainda “o contínuo alargamento da NATO para o leste da Europa”, e a instalação “de cada vez mais forças e meios militares junto às fronteiras da Rússia”. “A quem serve a guerra? Não serve a ucranianos nem a russos, nem tão-pouco aos restantes povos europeus, serve, sim, à administração norte-americana e ao seu complexo militar industrial, para desviar atenção dos problemas internos, para vender armas em larga escala, para se aproveitar economica e militarmente de uma guerra a milhares de quilómetros das suas fronteiras.”
Deixou ainda apelos ao “povo português”, no sentido de que este se mobilize pela paz – e “não para a escalada da guerra” – e “à solidadriedade e ajuda humanitária às populações, que não se pode confundir com o apoio a grupos fascistas ou neonazis“, disse ainda Jerónimo de Sousa, quase parafraseando as palavras do presidente russo.
ah, este PCP! sempre preocupado com a NATO e os americanos! finalmente, já concedeu que a Rússia actual não é comunista mas capitalista, mas ainda não é capaz de cortar completamente o cordão umbilical – e ainda não reconhece que se trata de um império efectivo (aliás, com séculos de existência). coitado, sente-se orfão, da família já só resta o irmão cubano. sim, porque norte-coreanos e chineses são um ramo mais afastado da família.
Completamente ridicula esta intervenção do cassete chefe. Mas não se pode esperar outra coisa do PCP. Cada vez mais em baixo e mais queimados.
Digamos ….que este “Club” liderado por o Ti Jerónimo , liberta uma certa fragrância a hipocrisia . Mais não digo !