É dia de eleições em Alvalade. O que defendem os candidatos à presidência do Sporting?

Frederico Varandas, Ricardo Oliveira e Nuno Sousa são os três candidatos à presidência do Sporting CP. O que defendem?

Três candidatos disputam este sábado a presidência do Sporting para os próximos quatros anos. As urnas já abriram e cerca de 54 mil sócios do Sporting preparam-se para decidir o futuro dos ‘leões’.

Frederico Varandas procura a reeleição, depois de em 2018 ter derrotado Bruno de Carvalho. Do outro lado, Ricardo Oliveira e Nuno Sousa tentam destronar o presidente que, na época passada, voltou a oferecer o título de campeão nacional ao Sporting, quase 20 anos depois.

A votação vai decorrer no Pavilhão João Rocha entre as 09h00 e as 20h00, meia hora antes do Sporting entrar em campo frente ao Arouca, em Alvalade.

Os sócios vão votar para uma lista única, que engloba os três órgãos sociais do clube, Mesa da Assembleia Geral (MAG), Conselho Diretivo (CD) e Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) e respetivos presidentes.

O que é que defendem os candidatos à presidência do Sporting Clube de Portugal?

Frederico Varandas

O programa eleitoral do atual presidente sportinguista é claro, prometendo oferecer um “equilíbrio entre formação e contratações externas asseguradas através de um scouting criterioso”.

Rúben Amorim foi o principal timoneiro do sucesso conquistado por Varandas no seu primeiro mandato. A aposta arriscada no treinador do Sporting de Braga deu certo e, certamente, Varandas quererá manter o jovem treinador em Alvalade.

A promessa de lutar pelo título mantém-se, elevando agora a fasquia para o nível europeu, onde o clube espera chegar o mais longe possível na Liga dos Campeões.

A situação financeira do Sporting está longe de ser perfeita e Varandas promete continuar com o “processo de reestruturação da dívida bancária” e recomprou as VMOC.

O sucesso do emblema de Alvalade nas restantes modalidades também é uma das bandeiras carregadas por Frederico Varandas. Segundo o Público, num recente debate presidencial, o líder ‘leonino’ salientou que “30% dos títulos europeus conquistados foram neste mandato”.

Ricardo Oliveira

Ricardo Oliveira é o atual diretor executivo do fundo de investimentos Youngtimers, registado na Suíça. A ligação gerou polémica devido a um eventual conflito de interesses, mas o fundo já veio negar interesse em investir na SAD do Sporting.

O candidato à presidência do Sporting revelou, entretanto, que a holding Digital Investment Platform SarL, um dos principais investidores da Youngtimers, é um dos investidores para o seu projeto no clube.

E que projeto é este? Assim como Varandas, Ricardo Oliveira acredita que Rúben Amorim “encaixa na perfeição” no seu projeto. No entanto, salienta que o clube tem de estar preparado para a sua saída.

Ricardo Oliveira defende uma aposta forte na formação e um scouting rigoroso, menos dependente de intermediários.

O candidato criticou recentemente a decisão de Frederico Varandas de recomprar as VMOC.

“BASTA. Disse, neste mesmo edifício, que iria lutar até ao limite das minhas forças pelos interesses do Sporting Clube de Portugal, e não posso admitir que alguém, seja ele quem for, hipoteque o futuro do clube para benefício próprio, com base num patético interesse eleitoral”, lê-se no comunicado divulgado.

Quanto às modalidades, quer reativar o padel e reintegrar o remo e a canoagem.

Nuno Sousa

Assim como os seus rivais, Nuno Sousa defende uma aposta forte na formação, que tantos frutos tem dado nos últimos tempos.

O candidato promete ainda o regresso de Augusto Inácio a Alvalade como conselheiro e colaborador para o futebol.

Nuno Sousa defende que a política desportiva para o futebol seja votada pelos sócios em Assembleia Geral.

Ao nível financeiro, Nuno Sousa sugere que seja encontrado um parceiro internacional para tratar da reestruturação financeira do clube. Além disso, coloca a hipótese de lançar “um novo empréstimo obrigacionista de 30 a 50 milhões”.

O programa eleitoral de Nuno Sousa não prevê a criação ou extinção de qualquer modalidade em concreto, mas defende que “qualquer modalidade a ser criada tem de o ser para ambos os sexos”.

Através do Twitter, o líder da lista C apontou este sábado alegadas falhas no ato eleitoral.

“Se reportar FACTOS, incomoda alguns, pois afirmam que descredibiliza as eleições, talvez devessem pensar que o que descredibiliza são as más práticas incorridas, e não, o reporte das mesmas”, lê-se num dos tweets, acrescentando que “a entidade que desenvolveu o software é a mesma que está a auditar”.

Daniel Costa, ZAP //

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