Sergei Lavrov também vê os seus bens serem congelados. NATO avisa: retórica russa é “muito ameaçadora” e vai muito além da Ucrânia.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países que compõem a União Europeia reuniram-se nesta sexta-feira e decidiram congelar os bens de vários indivíduos russos. Na lista estão o presidente Vladimir Putin e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, referiu que os únicos líderes alvo de sanções pela União Europeia eram Bashar al-Assad, presidente da Síria, Aleksandr Lukashenko, presidente da Bielorrússia. Agora há um terceto, composto por Assad, Lukashenko e Putin.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte, a NATO, anunciou entretanto que vai reforçar a presença militar no Leste da aliança. A ideia não é provocar um conflito, “mas sim prevenir um conflito”.
Já foram destacados milhares de tropas e vão ser enviadas mais armas: “A NATO vai fazer tudo o que for preciso para defender todos os aliados e todos os centímetros do território da NATO”.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, reforçou a “mensagem muito forte de união” e indicou que a entidade pediu às autoridades russas que os ataques à Ucrânia sejam travados.
E deixou um alerta importante: Putin não se vai ficar pelo território da Ucrânia, provavalmente. “Estamos a ver uma retórica muito ameaçadora que vai muito além da Ucrânia”, disse Stoltenberg.
“O objectivo da Rússia é mudar o governo, remover o governo democraticamente eleito em Kiev”, continuou o secretário-geral da NATO.
Jens Stoltenberg revelou aos jornalistas que as forças ucranianas “estão a lutar com bravura e estão a conseguir infligir dano nas forças russas”.