Graça Freitas lembrou que o país ainda atravessa um “período epidémico” e destacou os benefícios da vacinação quando confrontados com os “pouquíssimos efeitos secundários”.
No próximo fim-de-semana os centros de vacinação voltam a encher-se de crianças que tomam a primeira ou segunda doses contra a covid-19. No entanto, Graça Freitas, diretora-geral da saúde, não está satisfeita com o número de agendamentos, que entende ficarem aquém da situação sanitária do país. Como tal, lança um apelo a pais e educadores.
“Temos um processo de agendamento gradual. Temos poucos milhares de crianças inscritas e queremos fazer aqui um apelo aos pais e aos educadores que ainda não vacinaram as suas crianças com a 1.ª dose — e não estão, neste momento, a recuperar de Covid, porque essas não podem ser vacinadas — que as vacinem“, afirmou Graça Freitas.
A responsável explicou ainda que apesar de muitos especialistas apontarem para a possibilidade de a 5.ª vaga já ter passado e o número de casos diários aparentar uma estabilização, o país continua a travessar um “período epidémico”. “Ainda há muitos casos de doenças entre as crianças e comparando a gravidade da doença com os pouquíssimos efeitos secundários da vacina vale a pena vacinar” explicou.
Este fim de semana está prevista a vacinação das crianças entre os cinco e os 11 anos, seja para primeiras ou segundas doses. Para além destas datas, está ainda previsto outro período, entre 5 de fevereiro e 13 de março para a administração de segundas doses.
De acordo com as autoridades de saúde, já receberam as doses de reforço da vacina contra a covid-19 mais de cinco milhões de pessoas.
Alteração nas regras para vacinados que queiram doar sangue
De acordo com as novas diretrizes emitidas pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), os indivíduos que tenham recebido vacinas da Pfizer ou da Moderna (mRNA) contra a covid-19 deixam de ter de esperar sete dias para doar sangue, desde que se sintam bem e estejam assintomáticos. A norma consta de uma atualização do plano de contingência da instituição, de forma a assegurar a “sustentabilidade, qualidade e segurança do fornecimento de sangue e componentes sanguíneos durante a pandemia da covid-19”.
Já no que respeita às pessoas que tenham tido covid-19, devem “aguardar 14 dias após a resolução dos sintomas para se candidatarem novamente”.
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação reafirma que não existem evidências científicas de complicações na dávida ou na administração de substâncias que possam ser atribuíveis à vacinação do dador.
“No momento desta atualização, continuam a não existir evidências da transmissão deste vírus através da transfusão. Não foi reportado nenhum caso de transmissão de vírus respiratórios, incluindo SARS-CoV-2, através de substâncias de origem humana ou medicamentos derivados do plasma, nem foi relatado aumento da morbilidade e mortalidade por covid-19 em recetores de transfusão de sangue e componentes sanguíneos”, pode ler-se no documento, citado pelo Diário de Notícias.
Ao longo dos últimos dias, o IPST repetiu os apelos à dávida de sangue numa “altura particularmente exigente” da pandemia da covid-19 e face a “uma grande dificuldade em manter estáveis as reservas de componentes sanguíneos”.