DGS lança apelo aos pais devido às “poucas milhares de crianças inscritas para vacinação”

Manuel Fernando Araújo / LUSA

Inicio do processo de vacinação de crianças

Inicio do processo de vacinação de crianças, no centro de vacinação no Pavilhão Multiusos de Gondomar, 18 Dezembro 2021

Graça Freitas lembrou que o país ainda atravessa um “período epidémico” e destacou os benefícios da vacinação quando confrontados com os “pouquíssimos efeitos secundários”.

No próximo fim-de-semana os centros de vacinação voltam a encher-se de crianças que tomam a primeira ou segunda doses contra a covid-19. No entanto, Graça Freitas, diretora-geral da saúde, não está satisfeita com o número de agendamentos, que entende ficarem aquém da situação sanitária do país. Como tal, lança um apelo a pais e educadores.

“Temos um processo de agendamento gradual. Temos poucos milhares de crianças inscritas e queremos fazer aqui um apelo aos pais e aos educadores que ainda não vacinaram as suas crianças com a 1.ª dose — e não estão, neste momento, a recuperar de Covid, porque essas não podem ser vacinadas — que as vacinem“, afirmou Graça Freitas.

A responsável explicou ainda que apesar de muitos especialistas apontarem para a possibilidade de a 5.ª vaga já ter passado e o número de casos diários aparentar uma estabilização, o país continua a travessar um “período epidémico”. “Ainda há muitos casos de doenças entre as crianças e comparando a gravidade da doença com os pouquíssimos efeitos secundários da vacina vale a pena vacinar” explicou.

Este fim de semana está prevista a vacinação das crianças entre os cinco e os 11 anos, seja para primeiras ou segundas doses. Para além destas datas, está ainda previsto outro período, entre 5 de fevereiro e 13 de março para a administração de segundas doses.

De acordo com as autoridades de saúde, já receberam as doses de reforço da vacina contra a covid-19 mais de cinco milhões de pessoas.

Alteração nas regras para vacinados que queiram doar sangue

De acordo com as novas diretrizes emitidas pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), os indivíduos que tenham recebido vacinas da Pfizer ou da Moderna (mRNA) contra a covid-19 deixam de ter de esperar sete dias para doar sangue, desde que se sintam bem e estejam assintomáticos. A norma consta de uma atualização do plano de contingência da instituição, de forma a assegurar a “sustentabilidade, qualidade e segurança do fornecimento de sangue e componentes sanguíneos durante a pandemia da covid-19”.

Já no que respeita às pessoas que tenham tido covid-19, devem “aguardar 14 dias após a resolução dos sintomas para se candidatarem novamente”.

O Instituto Português do Sangue e da Transplantação reafirma que não existem evidências científicas de complicações na dávida ou na administração de substâncias que possam ser atribuíveis à vacinação do dador.

“No momento desta atualização, continuam a não existir evidências da transmissão deste vírus através da transfusão. Não foi reportado nenhum caso de transmissão de vírus respiratórios, incluindo SARS-CoV-2, através de substâncias de origem humana ou medicamentos derivados do plasma, nem foi relatado aumento da morbilidade e mortalidade por covid-19 em recetores de transfusão de sangue e componentes sanguíneos”, pode ler-se no documento, citado pelo Diário de Notícias.

Ao longo dos últimos dias, o IPST repetiu os apelos à dávida de sangue numa “altura particularmente exigente” da pandemia da covid-19 e face a “uma grande dificuldade em manter estáveis as reservas de componentes sanguíneos”.

ZAP //

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