Última análise dá enfermeira espanhola "livre do Ébola"

Adolfo Lujan / Flickr

Manifestação ‘Teresa somos todas’ em Madrid

A auxiliar de enfermagem espanhola que tinha contraído Ébola, Teresa Romero, está com “carga viral zero”, segundo o resultado de um primeiro exame divulgado este domingo pela família da paciente.

A primeira de duas provas realizada hoje ao sangue da auxiliar de enfermagem espanhola infectada com o Ébola teve resultado negativo, devendo uma segunda prova ser realizada nas próximas horas, confirmou o Governo espanhol.

O resultado é confirmado num curto comunicado do comité especial criado pelo executivo para acompanhar a crise do Ébola em Espanha.

“O estado de saúde da paciente hospitalizada no Carlos III evoluciona favoravelmente. A primeira prova foi negativa e o teste será repetido nas próximas horas”, refere o comunicado.

O teste negativo não significa, ainda, que a enfermeira esteja livre de Ébola, pois isto teria de ser comprovado em uma segunda análise. Novos resultados são esperados em 24 a 48 horas.

Pedindo “prudência”, Teresa Mesa, uma amiga que se converteu na porta-voz da família, disse que os médicos do hospital Carlos 3º, em Madrid, estão optimistas e confiantes de que o próximo exame a Romero também venha negativo.

Quando o segundo teste for realizado, poder-se-á verificar que Teresa Romero está livre do vírus, caso se mantenha o resultado negativo.

Caso isso ocorra, este surto em Espanha terá terminado, num momento em que passam 21 dias sem que nenhum dos envolvidos no tratamento de Teresa Romero tenha manifestado qualquer sintoma.

Além de Teresa Romero, o Comité explica no seu segundo comunicado de hoje que os 15 hospitalizados continuam assintomáticos.

Estão ainda à espera da segunda prova (depois de uma primeira negativa) três outras pessoas sob investigação.

Trata-se de um viajante procedente da Nigéria, um cooperante das Canárias e um homem que usou a mesma ambulância que transportou Teresa Romero.

Segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ébola causou mais de 4.500 mortos em cerca de nove mil casos registados na Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, os mais afetados, mas também na Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos.

Teresa Romero Ramos / Facebook