O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China disse hoje que o país vai responder com “contramedidas firmes” ao boicote diplomático norte-americano aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, em 2022.
O porta-voz da diplomacia de Pequim referiu-se a contramedidas, mas não especificou nem forneceu mais detalhes sobre a eventual resposta da República Popular da China ao boicote diplomático de Washington.
“A tentativa dos Estados Unidos, de perturbar os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, foi tomada com base em preconceitos ideológicos, mentiras e rumores e que vão revelar, aos olhos de todos, as más intenções dos Estados Unidos”, disse Zao Lijian.
The #US should follow the #Olympic spirit of “together” and stop politicizing sports and the diplomatic boycott of #Beijing2022, lest it would affect China-US dialogue and cooperation on key areas. #China will take resolute countermeasures if the US is bent on the wrong decision. pic.twitter.com/xnDBIDzGer
— Lijian Zhao 赵立坚 (@zlj517) December 6, 2021
Entretanto a embaixada de Pequim em Washington disse através de mensagens difundidas pelo Twitter que o boicote “só pretende politizar o desporto, criar divisões e provocar o confronto”, disse a embaixada.
No one actually cares whether or not the politicians clamoring for “boycott” would come to the #Beijing Winter Olympics. pic.twitter.com/EZbveEc0jD
— Lijian Zhao 赵立坚 (@zlj517) December 6, 2021
Os Estados Unidos anunciaram, esta segunda-feira, um boicote diplomático aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno de 2022, em Pequim.
Os atletas vão competir no evento, mas os EUA não vão contar com nenhum representante diplomático na capital chinesa.
A Casa Branco justificou que em causa está o “genocídio e crimes contra a humanidade em Xinjiang”.
“A representação diplomática americana trataria estes Jogos como se nada tivesse acontecido, apesar das flagrantes violações dos direitos humanos e das atrocidades da China em Xinjiang. E simplesmente não podemos fazer isso”, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
“Os atletas da Team USA contam com todo o nosso apoio. Estaremos a dar-lhes 100% de apoio, enquanto torcemos por eles daqui”, acrescentou.
Um porta-voz do Comité Olímpico Internacional (COI) anunciou, por sua vez, que respeita a decisão dos Estados Unidos e mostrou-se satisfeito por esta decisão “política” não impedir a participação de atletas norte-americanos.
“A presença de funcionários do governo e diplomatas é uma decisão puramente política de cada governo, que o COI, na sua neutralidade política, respeita plenamente”, disse o porta-voz à AFP.
Em junho, a Amnistia Internacional recolheu provas de abusos dos direitos humanos na região de Xinjiang, afirmando que se tornou num “cenário infernal distópico” para centenas de milhares de uigures sujeitos a internamento em massa e tortura.
Estes jogos vão decorrer em fevereiro do próximo ano, em Pequim.
ZAP // Lusa
Das poucas decisões acertadas pela administração Biden.
Basta recordar o abandono criminoso do Afeganistão aos selvagens talibãs que provocou uma onda de desespero e pânico nos mais de 20 milhões de afegãos, e escravidão das mulheres que nem da idade da pedra..
É que já há famílias a vender meninas porque não têm empregos nem dinheiro para alimentação……
Mas muito pior do que o sofrimento dos uygures é o dos tibetanos.
Autêntico GENOCÍDIO.
Desde a invasão do Tibete em 1959, já foram assassinados centenas de milhares de tibetanos… ou talvez milhões…. e continuam as matanças. O objetivo é substituir os tibetanos pela etnia HAN maioritária na china e ACABAR definitivamente com a cultura tibetana e budista…Que já está a ser realizada.
Isto sim é motivo muito forte para MUITOS boicotes à China comunista e não só o olímpico.