Entre discussões e silêncios, o deputado regional do Chega revelou que vai votar a favor do Orçamento para 2022. Os restantes parceiros do Governo dos Açores também estão a pensar fazer o mesmo.
Depois de várias discussões, – que chegaram a pôr em causa a viabilidade do Governo dos Açores – parece que o Orçamento para 2022 vai ser aprovado.
O deputado regional do Chega acabou por não acatar as indicações de André Ventura e anunciou que vai votar a favor do Orçamento, na votação marcada para esta quinta-feira, pondo assim fim a uma discussão que já dura há semanas. Esta é uma oportunidade para o executivo chefiado por José Manuel Bolieiro ganhar um novo fôlego.
Num debate que já durava desde segunda-feira, o parlamentar do Chega, José Pacheco, manteve-se sempre em silêncio e o seu partido foi o único que não fez qualquer intervenção. No entanto, esta quarta-feira, comunicou que iria viabilizar o Orçamento para o próximo ano.
“O respeito que exigimos foi alcançado. Será retribuído. Visto o Governo ter aceitado as condições estabelecidas no processo negocial em curso, o Chega vai votar favoravelmente, a bem da estabilidade, da minha terra e de todos os que confiaram em mim”, referiu José Pacheco, citado pelo Público.
Com as posições favoráveis Chega e Iniciativa Liberal, faltava apenas o voto do independente Carlos Furtado. O antigo líder do Chega-Açores disse que o seu voto se “afigura como favorável”, por respeito ao acordo assinado e pela necessidade de “estabilidade”.
O seguimento das negociações acabou por tirar um peso das costas de José Manuel Bolieiro. Na intervenção final, o presidente do Governo dos Açores sublinhou que o executivo não cedeu nos “princípios”, nem perdeu a “coerência”, isto, claro está, “apesar do diálogo” com os partidos.
Contudo, o líder regional deixou um alerta. “apreciamos a estabilidade, no entanto, não tememos o poder soberano do povo”.
Esta quinta-feira vai decorrer a votação na generalidade e, em caso de aprovação, o debate vai prosseguir na especialidade.
No tempo do Cunhal se dizia que era uma espinha cravada na garganta do cunhal, com o chega, não há comentários na imprensa escrita falada televisiva, um apagão completo perante tamanha bronca onde o deputado manda o ventura as malvas e lhe diz nos açores mandam os açorianos. Um dia teremos uma televisão capaz e independente.