O presidente da Câmara de Lisboa salientou esta quarta-feira que, como autarca, não vai “tomar posição” na disputa interna do PSD, mas, como militante, quer que haja uma “verdadeira oposição ao PS”.
Falando aos jornalistas na fundação Calouste Gulbenkian, depois de ter assistido à apresentação do novo livro da jornalista Maria João Avillez, Carlos Moedas foi questionado pelos jornalistas sobre o seu almoço de hoje com o candidato à liderança do PSD Paulo Rangel, noticiado pelo jornal online Observador.
Segundo o autarca de Lisboa, o almoço serviu para dar um “grande abraço” e para “dar força” ao seu “amigo” na reta final da campanha interna para a liderança do partido.
No entanto, o presidente da Câmara de Lisboa rejeitou que o encontro com o eurodeputado pudesse ser interpretado como um apoio, afirmando que essa interpretação “é feita pelos jornalistas, analistas e comentadores”.
“Como presidente da Câmara não estou a tomar nenhuma posição. Agora, se me perguntarem qual é o meu objetivo e qual é a minha ideia como militante do PSD, é ter realmente um PSD que seja uma verdadeira oposição ao PS“, defendeu.
Esta manhã, em entrevista à Rádio Observador, o ex-comissário europeu e atual autarca lisboeta também confessou que já sabe em quem vai votar no próximo sábado e que tem “esperança num PSD mais dinâmico”.
Rangel admite “sintonia de pontos de vista”
No final de uma audiência com a UGT, Rangel também foi questionado pelos jornalistas sobre o almoço com Moedas.
Na mesma linha, o candidato ao trono laranja disse ter-se tratado de “um almoço dos amigos dos Novos Tempos [slogan de campanha de Moedas nas eleições autárquicas] ou dos tempos novos”.
“O almoço não foi feito a meu pedido, deixo a interpretação para quem a quiser fazer. Os senhores tirarão as conclusões” afirmou ainda.
“Há uma coisa que é evidente: se há alguém que tem dito que o PSD se tem de apresentar como alternativa com ambição e esperança ao PS… Eu só concebo um PSD como alternativa ao PS, nesse aspeto há uma coincidência de pontos de vista. Mas isso bastava ter olhado para a campanha de Lisboa para perceber isso. Nisso, há com certeza uma sintonia de pontos de vista“, declarou Rangel.
As eleições diretas para escolher o próximo presidente do PSD realizam-se no sábado e, além de Paulo Rangel, é candidato o atual presidente do PSD, Rui Rio.
ZAP // Lusa
Que oposição fez Rio nestes últimos quatros a seis anos? Nenhuma. Tanta asneira fez o Governo do PS e do Rio não ouvimos nada. Curioso ver gente a dizer que o Rio é melhor para o PSD quando se sabe que nunca votarão no PSD. Claro que o Rio é o melhor para o PS, como se viu nestes últimos quatro a seis anos. O PSD precisa de alguém que aponte um rumo e dê esperança.