Operação Miríade. Quase todos os suspeitos foram alvo de castigos internos

António Cotrim / Lusa

Quase todos os suspeitos envolvidos na Operação Miríade, entre membros das Forças Armadas, GNR e PSP, foram alvo de castigos internos.

No âmbito da Operação Miríade, elementos do Exército, da GNR, da PSP e ainda dois advogados estão sob suspeita de terem pertencido a uma alegada rede de tráfico de diamantes, ouro e droga proveniente da República Centro-Africana.

Segundo avança o semanário Expresso esta terça-feira, quase todos os suspeitos já foram alvo de castigos internos. No caso das Forças Armadas, essa informação foi avançada, na semana passada, pelo chefe do Estado-Maior do Exército, o general José Nunes da Fonseca, que foi ouvido no Parlamento.

“No dia 12 de novembro determinei a instauração de processos de averiguações sobre os factos que são imputados a militares do Exército, a fim de apurar a existência de indícios da prática de infrações disciplinares com a identificação dos seus autores”, afirmou então aos deputados.

No caso da GNR, e segundo a resposta enviada pela Guarda ao mesmo jornal, o guarda-provisório (que ainda não é militar) que foi constituído arguido foi suspenso do curso de formação que estava a frequentar.

No segundo caso, a GNR refere que o militar não se encontra atualmente em funções, “estando de licença ilimitada desde março”, no entanto, ainda assim, foi alvo do respetivo procedimento disciplinar“.

Por sua vez, ao agente da PSP envolvido nas investigações foi também instaurado um processo disciplinar, tendo sido sujeito à medida de desarmamento, explicou esta polícia ao jornal, que acrescenta que este é ainda um “agente provisório” e que se encontra em “período probatório”.

Relativamente aos dois advogados que estão entre os arguidos, o bastonário da Ordem dos Advogados, Luís Menezes Leitão, explicou ao Expresso que ainda não tem quaisquer informações nesse sentido, mas deixou uma promessa.

“Se houver elementos que justifiquem a abertura de processos disciplinares, os nossos órgãos deontológicos atuarão”, afirmou.

ZAP //

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