A polícia da Sicília está a investigar se os restos mortais humanos encontrados numa caverna isolada no Etna são os de um jornalista que desapareceu há mais de 50 anos.
Esta semana, as autoridades sicilianas, na Itália, encontraram os restos mortais de um homem com cerca de 50 anos num gruta localizada no Etna, o maior vulcão ativo da Europa.
A polícia está a averiguar se o homem, que terá morrido entre a década de 1970 e 1990, é o jornalista Mauro De Mauro, desaparecido na década de 1970.
Segundo o The Guardian, a descoberta do cadáver foi feita por um agente da polícia financeira de Catânia, que estava acompanhado pelo seu cão de resgate alpino.
“A área é muito isolada, vamos lá periodicamente para fazer o nosso treino. Foi graças ao cão farejador que os restos mortais foram encontrados”, disse o tenente Massimiliano Pacetto ao diário britânico.
A caverna onde “o Homem do Etna” – assim apelidado pela imprensa – foi encontrado é de difícil acesso. A polícia indica que, quer o homem tenha entrado voluntariamente ou à força, não terá conseguido de lá sair.
De qualquer das formas, as investigações preliminares indicam que a vítima não terá sofrido uma morte violenta.
A filha do jornalista, que desapareceu em Palermo em setembro de 1970 e cujo corpo nunca foi encontrado, contactou as autoridades depois de ler na comunicação social que os restos mortais do homem, com 1,70 metros de altura, apresentavam “malformações congénitas no nariz e na boca“.
Franca De Mauro disse que o seu pai tinha estas características, devido a ferimentos sofridos durante a II Guerra Mundial.
“De Mauro é uma das teorias que estamos a investigar, além de outras pessoas que estão desaparecidas por motivos que podem estar ligados à criminalidade“, adiantou Pacetto.
O The Guardian indica que a polícia está a investigar várias teorias, sendo que, segundo uma delas, De Mauro terá sido sequestrado e morto pela máfia Cosa Nostra por saber a verdade sobre o suposto assassinato do chefe da petrolífera Ente Nazionale Idrocarburi (ENI), Enrico Mattei.