Graffiti “racista” destruído por engano. Era um Banksy e valia 500 mil euros

Um novo graffiti do artista plástico Banksy, em Inglaterra, mostrando um grupo de pombos com cartazes anti-imigração, foi destruído, depois de uma queixa de que a obra era “racista”.

O graffiti foi pintado esta semana na parede de uma instalação balnear na localidade de Clacton-on-Sea, no Essex, e mostrava cinco pombos a segurar cartazes como “Voltem para a África”, em frente a um pássaro mais exótico.

A autarquia local, que removeu a imagem, disse que tinha recebido uma queixa de que a obra era “ofensiva” e “racista”, e não sabia que a pintura era um trabalho de Banksy.

O artista, que permanece anónimo, tinha entretanto publicado fotos do graffiti no seu site.

Mas, no momento em que foi apresentada, a obra já tinha sido removida.

Inspeção

“O local foi inspeccionado por uma equipa, que concordou que o graffiti poderia ser visto como ofensivo. Foi removido nesta manhã, de acordo com a nossa política de remover esse tipo de material em 48 horas”, declarou Nigel Brown, um responsável da autarquia local.

“Obviamente gostaríamos de ter um Banksy original em qualquer das nossas ruas e ficaríamos encantados se ele voltar no futuro”, acrescentou Brown.

Um porta-voz do artista plástico, citado pela BBC, afirmou que Banksy não se manifestaria sobre o assunto.

Os trabalhos de Banksy normalmente contêm declarações políticas ou sociais sobre assuntos como o aquecimento global, guerra, ação policial, espionagem ou condições degradantes de trabalho.

No passado recente, peças de arte de Banksy foram cortadas das paredes e vendidas por centenas de milhares de euros.

Clacton-on-Sea será palco no próximo dia 9 de eleições intercalares, motivadas  pela decisão do deputado local de trocar de partido.

O parlamentar deixou o Partido Conservador, filiando-se ao Ukip, Partido da Independência da Grã-Bretanha, de extrema direita.

ZAP / BBC

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