España Vaciada, a nova formação política espanhola que agrega mais de 160 associações de cidadãos de 30 províncias, conseguiria obter 15 deputados se as eleições legislativas se realizassem hoje.
Uma sondagem publicada na quarta-feira no El Español dá conta de que o España Vaciada obteria 15 assentos no Congresso caso as eleições legislativas se realizassem hoje. O partido político, registado no dia 30 de setembro, seria assim determinante na formação de um novo Governo no país vizinho.
O estudo de opinião indica que, com apenas 1,1% dos votos, o partido conseguiria eleger 15 deputados, tornando-se no quinto maior grupo parlamentar , atrás do Partido Popular, do PSOE, do Vox e do Unidas Podemos
Neste cenário, quer a esquerda quer a direita ficariam longe dos 176 lugares necessários para alcançar uma maioria parlamentar. Neste sentido, o España Vaciada teria um papel decisivo na formação de um novo Governo.
O Público detalha que, dos 15 deputados, seis seriam “roubados” ao Partido Popular, cinco aos socialistas e três ao partido de Santiago Abascal.
Já em termos regionais, os 15 parlamentares seriam alcançados nas províncias de Saragoça, Badajoz, León, Zamora, Ávila, Teruel, Cuenca, Sória, Palência, Segóvia, Huesca, Salamanca, Lugo, Burgos e Cáceres.
O partido nasceu a 30 de setembro e é inspirado no movimento Teruel Existe que, nas eleições de 2019, conseguiu conquistar um lugar no Congresso.
“O movimento Teruel Existe mostrou-nos o caminho. Temos que estar onde as decisões são tomadas”, disse Antonio Saz, um dos coordenadores do España Vaciada, à agência EFE.
O objetivo da formação política é, como o próprio nome indica, dar voz à Espanha esvaziada, lutar pela coesão territorial e combater o despovoamento do interior.
Tomás Guitarte, deputado eleito em 2019 pelo movimento Teruel Existe, vai mais longe e considera que o novo partido vai além da defesa de interesses regionais. “Somos uma opção de país, não um mero somatório de particularidades. Propomos uma alternativa ao modelo de desenvolvimento herdado do regime de Franco.”