O ministro da Saúde anunciou que o governo pretende retomar a exclusividade para os médicos de família, mas reconheceu dificuldades em concretizar a medida nesta conjuntura.
Paulo Macedo, que falava no debate sobre “O Serviço Nacional de Saúde: erros do passado e desafios do futuro”, que decorre na Assembleia da República, lamentou que “o anterior governo tenha acabado com a exclusividade dos médicos de família” e manifestou a intenção do atual Executivo de retomar a medida.
No entanto, Paulo Macedo assumiu que existem dificuldades em reassumir a medida, tendo em conta a “atual conjuntura”.
O debate começou com a intervenção do deputado social democrata Nuno Reis, que incluiu o nome do ministro Paulo Macedo na lista de “visionários” como o “pai” do SNS António Arnaut ou o especialista em planeamento familiar Albino Aroso.
Nuno Reis questionou o PS sobre a linha que o novo líder seguirá para o setor e propôs um pacto nesta área, desafio que Paulo Macedo se mostrou disponível para aceitar.
O ministro da Saúde foi questionado sobre várias questões pelos deputados da oposição, com João Semedo (BE) a abordar o tema das aposentações dos médicos.
Paulo Macedo reconheceu que as aposentações dos médicos “são preocupantes”, optando por recordar que estes profissionais são os únicos da Função Pública que, pelas suas características, têm assegurada uma procura assim que deixam de exercer no Estado.
“Facilitou-se a aposentação”, reconheceu, acrescentando que, se por um lado existem 400 aposentações por ano, este ano já foram contratados 1.700 clínicos e para o próximo será contratado igual número de profissionais.
/Lusa
De certeza que vai encontrar muita resistência em muitos “doutores”.
Mas se perguntarem à Ordem dos Médicos porque é que não se abrem mais vagas nos cursos de Medicina, eles dizem que não há falta de médicos em Portugal, só para garantirem que continuam a ter 2 ou 3 empregos.