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Identidade do Assassino do Zodíaco pode finalmente ter sido revelada

(dr) iHeart Radio

Uma equipa de especialistas que investiga casos arquivados alega ter identificado o Zodiac Killer (Assassino do Zodíaco), um dos mais prolíficos assassinos em série dos EUA ligado a uma série de assassinatos brutais e enigmas insolúveis.

No final dos anos 1960, um serial killer conhecido pelo pseudónimo “Zodíaco” assassinou pelo menos cinco pessoas na Califórnia. Enquanto isso, o assassino enviou várias mensagens à imprensa, escritas em código onde as letras são substituídas por uma série de símbolos.

A sua identidade permanece uma incógnita até hoje, já que as autoridades norte-americanas nunca conseguiram apanhar o responsável pelos homicídios.

Agora, o grupo de especialistas — conhecido por The Case Breakers — garante ter descoberto a verdadeira identidade do Assassino do Zodíaco: Gary Francis Poste. O suspeito em causa morreu em 2018 e, de acordo com a equipa de voluntários, há várias pistas que apontam para si.

The Case Breakers

Gary Francis Poste

A equipa reúne mais de 40 ex-policias, investigadores particulares, agentes federais e especialistas forenses, escreve o jornal britânico The Independent.

As pistas em causa incluem várias fotografias encontradas na sua câmara escura, um padrão de rugas na sua testa que correspondem a um esboço do Zodíaco feito pela polícia e evidências forenses, incluindo ADN.

The Case Breakers

Esboço do Assassino do Zodíaco comparado a Gary Poste.

Um antigo agente de contra-espionagem do Exército e membro da equipa revelou que o nome completo de Gary era a chave para decifrar os enigmas.

“Você precisa de saber o nome completo de Gary para decifrar estes anagramas”, disse Jen Bucholtz. “Acho que não há outra maneira de alguém descobrir de outra forma”.

Os especialistas também acreditam que o Assassino do Zodíaco é o responsável pela morte de Cheri Jo Bates, na Califórnia, a 31 de outubro de 1966 — dois anos antes do alegado primeiro homicídio atribuído ao Zodíaco.

Poste era um veterano da Força Aérea quando recebeu exames médicos devido a um incidente com uma arma num hospital localizado a 15 minutos da cena do crime de Bates.

Além disso, um relógio com restos de tinta foi encontrado na cena do crime e acredita-se que tenha sido usado pelo assassino. Coincidência ou não, Poste pintou casas durante mais de quatro décadas.

Os detetives encontraram ainda uma pegada de uma bota de estilo militar, que combinava com o mesmo estilo e tamanho das encontradas em outras cenas de crime do Zodíaco e de Poste.

O grupo está agora a pressionar a polícia local para comparar uma amostra de ADN de Poste com as recolhidas na cena do crime de 1966.

Os Case Breakers citam também um memorando do FBI, de 1975, que dizia que Cheri Jo Bates era a sexta vítima do Zodíaco.

Um mês depois do homicídio, a polícia recebeu uma carta com uma confissão, com frases semelhantes às usadas pelo Zodíaco. No entanto, as autoridades desconsideraram esta carta, sugerindo que foi uma “piada de mau gosto”.

Em declarações à FOX News, o departamento de homicídios da Polícia de Riverside, na Califórnia, “determinou que o assassinato de Cheri Jo Bates em 1966 não está relacionado ao Assassino do Zodíaco”.

“O autor admitiu que não era o Assassino do Zodíaco ou de Cheri Jo Bates e que estava apenas a procurar atenção”, disse o departamento de polícia.

O caso inspirou dois filmes: “Zodiac” (2007), com Jake Gyllenhaal, Robert Downey Jr. e Mark Ruffalo, e “Dirty Harry” (1971), com Clint Eastwood.

As primeiras cartas do Zodíaco foram enviadas para três jornais da cidade da Califórnia, sendo que cada uma continha uma parte diferente da mensagem codificada. Os jornais publicaram os códigos enquanto o assassino continuava a ameaçar matar se as suas instruções não fossem seguidas.

A mensagem foi descodificada uma semana depois, manualmente, a 8 de agosto de 1969, por Donald Gene e Bettye June Harden. No entanto, outras mensagens demoraram vários anos até serem decifradas.

Entretanto, vários entusiastas têm vindo a tentar descodificar as mensagens deste homicida. Em junho deste ano, Fayçal Ziraoui disse ter descodificado as duas últimas mensagens em apenas duas semanas, com o uso da chave de criptografia descoberta em dezembro.

De acordo com a equipa que descodificou a mensagem em dezembro de 2020, o assassino gaba-se do que fez, desafia as autoridades e apresenta sinais de delírio sem esclarecer quaisquer motivos para as atrocidades ou evidências de quem é.

Um estudo recente revelou o número exato de assassinos em série que nunca foram apanhados durante o século XX nos Estados Unidos.

Daniel Costa, ZAP //

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