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Portas alerta para risco de o CDS ficar na “dependência extrema do PSD”

Manuel de Almeida / Lusa

Paulo Portas, ex-vice-primeiro-ministro e ex-líder do CDS.

O antigo líder do CDS considerou, este domingo, que o resultado do partido nas autárquicas é “sombrio” e que corre o risco de ficar na “dependência extrema do PSD”.

No seu habitual espaço de comentário na TVI, Paulo Portas comentou os resultados do CDS nas recentes eleições autárquicas, considerando que o partido corre o risco de ficar na “dependência extrema do PSD” devido ao “problema sério” que apresenta quando concorre sozinho.

“Tem um problema sério. É a primeira vez que o partido vai com a sua marca, com a sua sigla e com a sua voz e tem menos de 100 mil votos. É um resultado sombrio“, disse o antigo líder centrista.

“O CDS tem razão para celebrar porque os seus seis presidentes de câmara aguentaram as câmaras. O CDS não perde câmaras como a CDU. Mas também não as ganha como o PSD”, afirmou, acrescentando, no entanto, que “participou na vitória de Lisboa com brilho próprio”, numa alusão a Isabel Galriça Neto.

O CDS-PP, que concorreu na maioria dos concelhos em coligação, conseguiu manter em listas próprias as seis câmaras municipais que já liderava: Velas (Açores), Santana (Madeira), Ponte de Lima (Viana do Castelo), Vale de Cambra, Oliveira do Hospital e Abergaria-a-Velha (Aveiro).

No entanto, em número de votos, o partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos obteve um resultado pior do que nas últimas autárquicas, descendo dos 2,59% então adquiridos para os 1,48%.

Este domingo, António Lobo Xavier, antigo líder parlamentar do CDS, também disse, em declarações à agência Lusa, estar “preocupado e nada descansado” com a situação do partido.

ZAP //

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