Aida Ferreira, mulher do candidato do PS à Câmara de Castro Daire, foi votar, no último domingo, mesmo estando em isolamento profilático. Pode ser punida com pena de prisão ou multa.
Aida Ferreira, mulher do candidato Fernando Carreiro, entrou em isolamento a 23 de setembro, depois de o marido ter testado positivo à covid-19. Por determinação da delegada de saúde, estava impedida de sair de casa até 6 de outubro.
No entanto, noticia o Jornal de Notícias, fez questão de cumprir o seu dever cívico no domingo e furou o isolamento profilático para ir votar. A GNR foi chamada ao local, mas já não encontrou a mulher, que só foi localizada na sua residência.
O diário avança que a força policial tomou conta da “ocorrência” e encontra-se, agora, a verificar o enquadramento legal a aplicar neste tipo de situação.
Ao DN, o Ministério da Administração Interna (MAI) explica que “a violação do dever de confinamento decretado no âmbito da doença covid-19 por uma autoridade de saúde – e cujo acompanhamento é feito pelas forças de segurança – pode constituir crime de desobediência”.
Aida Ferreira pode ser “punida com pena de prisão ou pena de multa por estar em causa o risco de propagação de doença”. É de salientar que os cidadãos em isolamento podiam requer o voto antecipado.
Ao contrário da mulher, o candidato socialista não votou nas autárquicas. Fernando Carneiro acabou por perder para Paulo Almeida, do PSD/CDS, que foi eleito com 61,58% dos votos.