Uma escola japonesa ficou no centro de uma polémica depois de ter vindo a público que obrigava os seus alunos a mostrar a roupa íntima. O diretor já fez um pedido de desculpas.
Os alunos do primeiro ano do ensino secundário da escola Yamato, na província de Saga, iniciaram as aulas na semana passada – e com direito a uma prática considerada invasiva.
Os estudantes foram convidados a fazer uma fila para que a sua roupa interior fosse verificada antes de entrarem na escola. A ideia é que os alunos levantem a camisa alguns centímetros para que os professores do mesmo sexo possam confirmar se estes estão a usar uma camisola interior.
Segundo a VICE, a prática é comum em escolas públicas japonesas de todo o país. Porém, os alunos e os pais têm mostrado cada vez mais indignação perante esta e outras regras que os jovens têm de cumprir. Este conjunto de regulamentações são conhecidas como buraku kosoku.
Durante os anos 70 e 80, as regras buraku kosoku foram introduzidas para conter os casos de violência e bullying estudantis. As normas podem ditar o comprimento do cabelo dos alunos, a cor das meias, da roupa íntima e o comprimento do uniforme. As explicações para estas regras podem variar, desde o respeito à tradição até às preocupações com a saúde dos alunos – como é o caso da escola de Yamato.
Na passada sexta-feira, o tema ganhou algum destaque nas redes sociais e em alguns meios de comunicação, sendo que a medida acabou por ser duramente criticada por invadir a privacidade dos alunos.
Neste sentido, Kenji Koga, diretor da escola em questão, acabou por fazer um pedido de desculpas público a todos os alunos que foram sujeitos a esta prática. “Entendo que os deixamos muitos desconfortáveis. Foi inapropriado”, referiu em declarações à VICE.
Também o Conselho de Educação da cidade de Saga, onde está localizada a escola, recebeu algumas queixas após as noticias sobre o tema ganharem destaque.
“Os tutores, assim como os residentes da cidade, têm telefonado para dizer que a verificação da camisa é um exemplo de poder e assédio sexual. É um exemplo de violação dos direitos individuais dos alunos, e aconselhamos a escola a interromper esses métodos imediatamente”, destacou Katsuo Yonekura, representante do conselho em conversa com a VICE.
Depois do pedido de desculpas público, Koga garantiu que a escola suspendeu temporariamente a verificação de camisolas interiores, ainda assim, o responsável explicou que o objetivo desta prática é garantir que quando os alunos suam os seus uniformes não ficam sujos, como tal, é importante usar uma camisola interior para que estes não fiquem “pegajosos”.
O diretor referiu ainda que, por norma, os alunos do segundo e terceiro ano raramente são sujeitos a verificações, pois presume-se que já conheçam as regras vigentes. No entanto, os estudantes do primeiro ano – muitos dos quais nunca usaram uniforme antes – são mais propensos a violar as regras.
Apesar de ter havido um pedido de desculpas e um reconhecimento público de que esta prática não será a mais adequada, esta ainda não foi totalmente suspensa da escola.
Assim, embora os castigos severos sejam raros, os alunos podem ser repreendidos caso quebrem as regras.
Debaixo duma superfície de Sociedade limpinha e educadinha se esconde a verdadeira face de Japão que já se tinha mostrada na 2a guerra mundial
É verdade. Mas, depois vemos o que uma sociedade de 100 milhões de habitantes consegue. Conseguiu reerguer-se após a II.ª Guerra sem plano Marshall, tem uma indústria (automóvel, química, tecnológica, ferroviária, etc.) formidável.
Mas, claro, nisso concordamos: este tipo de práticas invasivas, próprias de regimes medievais (como os talibãs) são, além de intoleráveis, infames. Embora defensor da adopção do uniforme, isto não é admissível.
Sem plano Marshall mas com enormes ajudas económicas (tecnológicas, etc) por parte dos EUA – mais do que as do plano Marshall e durante mais tempo.
A conjuntura e factores geopolíticos também ajudaram muito ao empenho da ajuda americana, principalmente a Guerra Fria, a Guerra da Coreia, a China maoista, etc.
O milagre económico japonês deve-se em grande parte aos EUA e, eu costumo dizer que as duas bombas atómicas foram a melhor coisa que aconteceu – porque depois disso o Japão teve um apoio gigantesco dos EUA que lhes permitiu dar um enorme salto!
Mas eles continuam “meios avariados” e com uma sociedade de aparências muito “manhosa”… por isso é que tem uma “máfia” como a Yakuza, que, segundo os analistas, tem mais dinheiro do que os carteis mexicanos ou até o ISIS!…
Ver se um rapaz ou rapariga tras uma camisa por baixo do uniforme é deveras extremamente invasivo e estilo taliban…
Hahahaha
O diretor possivelmente passaria a ser o fiscal!
Não leu o artigo?
É uma pessoa do mesmo sexo do aluno que verifica e estão apenas a ver se ela tem uma camisola por baixo do uniforme.
Devia ler os artigos antes de comentar. As gordas são quase sempre meias verdades para chamar à atenção.
“Meis verdades” não; o título está 100% correcto!
E, se é uma camisola interior (e está em contacto com a pele), é roupa interior.
Mas enfim… japonesices…
Uma T-shirt por baixo de uma camisa é considerado roupa intima?
Hahahaha