A Associação Comercial do Porto (ACP) enviou uma proposta para Bruxelas a defender a “criação de uma nova companhia aérea para voos intercontinentais a partir de Lisboa e o apoio à captação de rotas para ligações nacionais e europeias”.
A ACP considera que “os apoios estatais à TAP não protegem o turismo português”, não respeitam as ligações no território nacional e são incompatíveis com o funcionamento do mercado”. A carta com a proposta foi enviada para a Direção Geral da Concorrência da Comissão Europeia, este mês, escreve o Expresso.
A associação entende que o pacote do Governo de ajudas à TAP é “claramente desproporcionado” e “contrário aos interesses e ao equilíbrio territorial nacionais”.
A Associação Comercial do Porto realça ainda “os resultados líquidos continuadamente negativos (mais de 2 mil milhões de prejuízos nos últimos 11 anos)” da TAP.
Importante lembrar que a Comissão Europeia abriu uma investigação a Portugal no âmbito do apoio de 3,2 mil milhões de euros à TAP. É com base nisso que a ACP considera estar a “acautelar e impulsionar meios essenciais para o desenvolvimento económico, para o emprego e para a criação de riqueza” com a proposta de uma nova companhia aérea.
A associação menciona ainda o serviço quase residual da TAP nos aeroportos do Porto — onde representa apenas 12% do total de passageiros — e de Faro — onde representa 5% dos passageiros. Em contrapartida, no aeroporto de Lisboa é responsável por metade do total de passageiros.
“A TAP não pode pretender ser muito relevante para a indústria turística portuguesa e ao mesmo tempo estar, como está, a abrir rotas para aeroportos que são destinos turísticos estrangeiros (Punta Cana, Agadir, Ibiza e Fuerteventura, entre vários outros)”, lê-se ainda na carta de 13 páginas.
O documento destaca ainda a “enorme incongruência” relativamente à tendência mundial, com os estados a venderem as participações em companhias áreas.
A ACP defende que “a conectividade aérea e a proteção das atividades económicas se alcançam através da afetação dos ativos da TAP em matéria de slots e como plataforma de voos transatlânticos a uma nova companhia aérea, limpa de passivo e livre de interesses noutras empresas (como as participações no Brasil), assegurando a realização de voos de longo curso desde o hub de Lisboa e aproveitando as vantagens competitivas da sua localização geográfica”.
A TAP tem os dias contados devido à má gestão, desvios e luvas a administradores, mesmo quando é o caso de acabarem o ano com altos prejuízos. Por mim, tudo bem, desde que haja outras companhias a voarem Canada – Portuga e vice-versal como é o caso da AIR TRANSAT E AIR CANADA. Tenho vouchers para uma viagem mais com a TAP e vai ser só para não perder o dinheiro que já lá está, apenas uma parte porque me roubaram quase metade de cada bilhete pago. É uma companhia que está de acordo com o governo português, ou seja, um bando de ladrões.
Acho que escreveram “Lisboa” em vez de “Porto” no primeiro parágrafo do artigo.
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo. Segundo cita a fonte que consultámos (jornal Expresso) é esse o teor do comunicado da ACP.
A TAP é um dos grandes exportadores de serviços e contribui muito para o equilíbrio da balança externa. Se há problemas com a TAP resolvam-nos, mas não dêem cabo dela por mero preconceito capitalista.
A TAP quanto a mim se quer sobreviver terá que se adaptar aos tempos atuais com voos mais baratos e aviões mais lotados, outras companhias com voos mais baratos irão entrar nos voos intercontinentais e acabarão por asfixiar a TAP, será uma questão de vida ou morte!