Resultados da sondagem apontam para um novo executivo minoritário, tal como aconteceu há quatro anos. PS está em vantagem.
De acordo com uma sondagem realizada pelo Cesop – Universidade Católica Portuguesa para o Público, a atual presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, deverá vencer as próximas eleições autárquicas num cenário muito idêntico ao que teve lugar há quatro anos: com o PS a obter uma maioria relativa e a precisar do PSD para governar o município.
Contudo, a sondagem não afasta a hipótese de a comunista Maria das Dores Meira poder ser a mais votada.
O empate torna-se possível porque a diferença entre PS (33%) e CDU (29%) nas projeções de voto fica quase completamente dentro da margem de erro do inquérito, que é de 3,9%.
Além disso, o pior resultado previsto para o PS, que é de 29% (o melhor é de 37%), permite que o melhor resultado previsto para a CDU, de 33%, deixe os comunistas à frente dos socialistas (o pior resultado para a CDU ronda os 25%).
Neste intervalo, o estudo de opinião aponta entre 3 a 5 vereadores para o PS e 4 a 5 para a CDU.
Num executivo municipal composto por 11 elementos, Inês de Medeiros deverá voltar a precisar de uma coligação pós-eleitoral idêntica à que existe atualmente, em que o PS tem quatro mandatos e o PSD dois. Na melhor das hipóteses — cinco mandatos para o PS —, a atual autarca socialista poderá precisar apenas de um vereador da oposição para formar maioria.
Na sondagem, a coligação AD – Almada Desenvolvida (PSD, CDS-PP, Aliança, MPT e PPM) obtém 13% na estimativa de resultados eleitorais, um pouco menos do que os 14,08% alcançados pelo PSD em 2017.
O Bloco de Esquerda, de Joana Mortágua, aparece no estudo com 9%, o que indica, também, a possibilidade de uma queda ligeira relativamente aos 9,64% dos votos obtidos há quatro anos.
Já o PAN, que já em 2017 se estreou na eleição de um elemento para a assembleia municipal, recolhe, neste inquérito, 5% das intenções de voto. Uma subida relativamente às eleições anteriores, embora insuficiente para conseguir ter representante no executivo.
O Chega, com 5%, destaca-se da Iniciativa Liberal (2%), obtendo mais do dobro das intenções de voto.
Em Almada, 77% dos habitantes dizem ter a certeza de que irão votar nestas autárquicas. Apenas um por cento dizem que não tencionam ir às urnas, enquanto dois por cento têm a certeza de que não irão votar a 26 de setembro.
As eleições autárquicas são já a 26 de setembro e, no concelho de Almada, são quase 152 mil os eleitores que poderão optar entre sete candidatos: Bruno Coimbra (IL), Inês de Medeiros (PS), Joana Mortágua (BE), Manuel Matias (Chega), Maria das Dores Meira (CDU), Nuno Matias (Coligação Almada Desenvolvida – PSD, CDS, Aliança, MPT, PPM) ou Vítor Pinto (PAN).