Tendo em conta a idade, o risco de morte por covid-19 é três a sete vezes mais baixo entre quem tem a vacinação completa, na comparação com quem ainda não recebeu qualquer vacina.
Esta é a conclusão do último relatório das linhas vermelhas divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), num efeito que também é visível na diminuição do risco de hospitalização com a infeção.
Ainda assim, o documento da autoridade nacional de saúde indica que Portugal regista cada vez mais vacinados contra a covid-19 que acabam por morrer, mas a DGS explica que esta situação é normal e já era esperada, noticia a TSF.
Os dados de agosto revelam que no último mês se contabilizaram 177 mortos com SARS-CoV-2 em Portugal e a maioria, sendo que 96 destes já tinham o esquema vacinal completo. 18 tinham a vacinação incompleta e 63 ainda não tinham recebido qualquer dose.
O relatório sublinha que estes números não são sinal de falta de eficácia, pois “a população mais vulnerável está quase totalmente vacinada e é esperado que a proporção de casos com vacinação concluída aumente” em relação ao total de óbitos com covid-19.
A DGS frisa que a vacina protege mesmo quem já a recebeu, reduzindo em três a sete vezes o risco de morte.
Nos maiores de 80 anos, por exemplo, 22,5% dos infetados com covid-19 sem vacina morreram, número que desce para 5,7% entre quem tem a vacinação completa.
Dos 70 aos 80 anos essa diferença desce de 16,7% para 1,5%, enquanto que dos 60 aos 70 anos diminui de 10,4% e 1,1%, na comparação entre quem não estava ou estava totalmente vacinado.
Os dados do relatório de monitorização das “linhas vermelhas” indicam uma situação epidémica semelhante à que se tem verificado nas últimas semanas, com uma “tendência estável a decrescente a nível nacional” da atividade, assim como na pressão sobre os serviços de saúde e na mortalidade por covid-19.
Relativamente a este último indicador, verificou-se uma descida de 15,4 para 14,6 mortes por milhão de habitantes a 14 dias, um decréscimo de 5%.
Já a incidência mantém a tendência estável, com o aumento verificado no Centro na semana passada a não acontecer esta semana.
Por grupo etário, a maior incidência continua a encontrar-se nos 20 aos 29 anos, ainda que com uma queda para 695 casos por 100 mil habitantes, apresentando uma “tendência decrescente.
Em relação ao índice de transmissibilidade, o R(t), o relatório reporta que apenas as regiões Norte e Centro têm uma “tendência constante a crescente” da incidência.
ZAP // Lusa