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Alemanha. Primeiro debate eleitoral acaba com vantagem para Scholz

Felipe Trueba / EPA

O ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz

O debate em formato inédito, que juntou os três candidatos à chancelaria na Alemanha, acabou com o social-democrata Olaf Scholz à frente — nova sondagem dá 25% de intenções de voto ao SPD.

Os debates eleitorais da Alemanha nunca tinham juntado três adversários, já que apenas a CDU/CSU e o SPD tinham candidatos à chancelaria.

Mas, este domingo, o debate deixou de ser um duelo — como se costuma chamar — e colocou o conservador Armin Laschet, o social-democrata Olaf Scholz e Annalena-Baerbock dos Verdes frente-a-frente.

No fim do debate, escreve o jornal Público, a CDU/CSU, de Armin Laschet, e o SPD, de Olaf Scholz, registaram valores abaixo dos 25% nas sondagens, o que significa que ambos arriscam que este resultado seja dos piores do pós-guerra.

Já os Verdes, que ganharam alguma força depois de Annalena-Baerbock afirmar — por diversas vezes — que é ela quem representa a mudança, deverão fazer uma coligação nunca antes feita a nível nacional, muito provavelmente com três partidos.

Esta segunda-feira, foi publicada uma sondagem do Instituto Insa para o Bild que dá a maior vantagem ao SPD, com 25%, sobre a CDU/CSU, 20%, um valor de que não há memória em sondagens. Os Verdes surgem com 16,5%, os liberais com 13,5%, os nacionalistas da AfD com 11%, e Die Linke (A Esquerda) com 7% (o mínimo para entrar no Parlamento alemão são 5%).

O debate foi marcado por uma estranha ausência de perguntas sobre política europeia, embora tenha sido dado destaque à política externa com perguntas sobre o Afeganistão.

Além disso, foi pedido aos candidatos que explicassem porque é que os rivais não têm capacidade para ocupar o cargo de chancelaria, mas nenhum quis ter essa discussão. Quando os moderadores pediram para os candidatos dizerem palavras simpáticas sobre os opositores, por outro lado, Laschet apenas foi capaz de resumir o currículo de Scholz.

A discussão sobre possíveis parceiros de coligação era uma das mais relevantes, mas muitas vezes os potenciais chanceleres guardam as suas opções para si, e foi mais uma vez o que aconteceu.

ZAP //

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